Empresa investe R$ 25 milhões para gerar energia a partir de resíduos do arroz
Alegrete vai produzir energia elétrica e sílica a partir dos resíduos do arroz.
O governador Germano Rigotto e o diretor da empresa Geradora de Energia Elétrica Alegrete (GEEA), Onélio Pilecco, assinaram nesta segunda-feira (10) protocolo de intenções para a implantação, em Alegrete, de uma central termelétrica que irá gerar energia a partir de resíduos de arroz.
Vinculada à empresa Pilecco, a GEEA investirá R$ 25 milhões, R$ 18,6 milhões financiados pela CaixaRS, na implantação da termelétrica de 4 megawatts (MW), que pode chegar a 75 megawatts que utiliza 37.620 toneladas/ano de resíduos de biomassa para gerar 36.640 MWh/ano de eletricidade, e de uma unidade industrial para produção de sílica a partir da casca de arroz. O projeto prevê a produção de 13 mil toneladas/ano de sílica a partir do beneficiamento de 180 toneladas/dia de casca de arroz.
O governador destacou que o aproveitamento de resíduos de arroz, além de representar uma alternativa energética contribui para geração de emprego, renda, desenvolvimento e ao mesmo tempo cuida do nosso meio ambiente. Rigotto lembrou também que a GEEA se soma ao parque eólico, em Osório, às pequenas centrais hidrelétricas, ao carvão e ao biodiesel para consolidar o Rio Grande do Sul como um pólo gerador de energias alternativas que devem contribuir para a diversificação da matriz energétrica do país.
O secretário de Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais, Luis Roberto Ponte, ressaltou que a produção de sílica (composto químico usado na fabricação de vidro entre outras aplicações) é um investimento de alto valor tecnológico. O projeto recebeu também recursos do BNDES. O empresário Onélio Pilecco assinala que a geração de energia elétrica renovável com a extração de sílica da casca de arroz é uma inovação tecnológica que somente foi possível graças à parceria com o Governo do Estado.
– Esse investimento representa uma nova etapa para o Rio Grande do Sul, que é a de investimentos em processos e tecnologias que rompem o sistema convencional – assinalou Pilecco.
Já o presidente da CaixaRS, Dagoberto Lima Godói, destaca que a instituição de fomento busca valorizar investimentos em projetos de energia renovável e na produção de biomassa. A unidade de sílica é o ponto mais importante do projeto. Parte dos investimentos será empregada na construção de quatro prédios: um que abriga a central termelétrica, outro para o equipamento de pré-hidrolise e complementos, um terceiro para o equipamento de calcinação (onde será produzida a sílica) e outro para os equipamentos de tratamento de água e efluentes.
Estiveram presentes à cerimônia os secretários de Minas, Energia e Comunicações, José Carlos Brack, da Agricultura e Abastecimento, Quintiliano Vieira, do Meio Ambiente, Cláudio Dilda, do Gabinete de Reforma Agrária e Cooperativismo, Lademiro Dors, de Ciência e Tecnologia, Renita Dametto, o prefeito de Alegrete, José Rubens Pilar, e Maurício Fischer, presidente do Irga, além de representantes de entidades ligadas à agricultura.