Projeto Formoso deve subir produção em 82%

Arroz é uma das culturas beneficiadas pelo projeto do Rio Formoso.

A revitalização do projeto “Rio Formoso” vai contar com a parceria do governo federal e deve incrementar a produção em 82% e mais 55% na oferta de empregos para a região. No final de junho, o Ministério da Integração Nacional liberou mais R$ 800 mil para o Tocantins. Destes, R$ 600 mil serão aplicados no projeto Rio Formoso.

Atualmente, o projeto, apesar dos reservatórios estarem operando na cota mínima, produz 128.250 toneladas de grãos por ano, entre soja, arroz e o milho, além de 75 toneladas de melancia na entressafra – carro-chefe do projeto nesse período. A fruta já está sendo considerada uma das principais do país por conquistar os mercados mais exigentes.

Com a conclusão das obras de revitalização, a produção de grãos deve chegar a 249 mil toneladas e a melancia, considerada a de melhor qualidade no país, terá um aumento de produção passando para 120 toneladas em cada entressafra. Segundo os técnicos, a peculiaridade da melancia produzida no projeto Rio Formoso é que ela pode crescer conforme o interesse do produtor para atender ao mercado das diversas regiões do país.

Quando o projeto estiver totalmente revitalizado e com a produção total alcançando 370.083 toneladas ao ano, estará ocupando uma área irrigada com mais de 55 mil hectares. Para isso, os reservatórios deverão estar operando na cota máxima, o que deve ocorrer após a revitalização. Neste sentido, o governo do Tocantins já apresentou ao governo federal, por meio do Ministério da Integração Nacional, um projeto de revitalização orçado em mais de R$ 200 milhões, dinheiro que deverá ser repassado gradativamente.

As informações são do secretário estadual dos Recursos Hídricos, Anízio Costa Pedreira, segundo o qual o projeto Rio Formoso produz atualmente em 16 mil hectares, 82,50 toneladas de arroz irrigado, 33,750 toneladas de soja em 13,500 hectares, 12.000 toneladas de milho em 2000 hectares e 75.000 toneladas de melancia em apenas 2,500 hectares.

Segundo o secretário, no caso da melancia, enquanto nas outras regiões de produção do país o ciclo é de 90 dias para a colheita, na região do projeto Rio Formoso, no município de Formoso do Araguaia, a 327 km de Palmas, este período é reduzido para 65 dias e, com isso, reduz-se também os custos de produção. O secretário, e também engenheiro que acompanha o projeto desde 1979, afirma que sempre existiu a participação do governo federal e que o governo estadual oferece a contrapartida na manutenção das barragens, estradas e estações de bombeamento para irrigação.

A área, segundo o secretário, é extremamente produtiva e um grande pólo de produção do Estado, mas a revitalização total dependerá dos recursos oriundos do governo federal que seriam repassados gradativamente.

– Esta recuperação é um trabalho lento e gradual. É preciso, porém, priorizar as barragens, recuperar os reservatórios Calumbi I, Calumbi II e Taboca, porque eles é que oferecem a água para a irrigação – explica o secretário, acrescentando que a recuperação gradual é em função do tempo, que só pode ser realizada de junho a outubro para não atrapalhar a produção.

O PROJETO

O Rio Formoso é constituído de um sistema de irrigação, sistema de drenagem e sistema viário. De acordo com o secretário somente a barragem Calumbi I tem 14 quilômetros de barramento, sendo também via de acesso.

– O canal principal de irrigação tem 54 quilômetros e ele também é uma via de acesso. Se alguém for atravessar o projeto da estação de bombeamento até o Rio Formoso é também uma via de acesso e durante todo esse período o Estado tem contribuído com a recuperação dessas vias, troca de comportas e construção de vertedouros. Agora mesmo o Estado recuperou o reservatório Taboca, com 180 milhões de metros cúbicos para que possa operar pelo menos com uma cota mínima para não comprometer as estruturas a montante (acima) do projeto, pois em um reservatório deste o que estiver à jusante (abaixo), caso ele se rompa, vai tudo embora – explica.

De acordo com o secretário, a carga máxima (altura da lâmina de água) é de 12 metros e está operando em cargas mínimas, cerca de 5 metros de altura. Com isso, na entressafra não se pode plantar toda a área do projeto.

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