Rigotto vai atender arrozeiros nesta quarta-feira

Governador gaúcho vai se manifestar sobre os bloqueios dos rizicultores nas divisas do Rio Grande do Sul com Uruguai e Argentina
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O governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, se reunirá às 18h desta quarta-feira com dirigentes da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) e Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul (Farsul) para discutir a implementação da “Lei Goergen” e os bloqueios que foram levantados nesta quarta-feira para produtos importados do Mercosul nas cidades de Aceguá e Itaqui (RS).

Segundo o presidente da Federarroz, Valter José Pötter, a expectativa dos arrozeiros é de que o governador Rigotto anuncie que aplicará a Lei, que prevê pesagem obrigatória e exames fitossanitários e para resíduos de agrotóxicos no arroz importado, seja em casca ou beneficiado.

– Nossa maior preocupação são os resíduos de agrotóxicos, pois no Mercosul existem defensivos genéricos e proibidos de uso no Brasil – acrescentou.

Nesta terça-feira os orizicultores intensificaram os protestos na fronteira. O “Movimento Arrozeiro contra Importações Fora-da-lei”, iniciado nesta segunda-feira. Segundo o cálculo dos organizadores do movimento, cerca de 50 caminhões ficaram retidos em território uruguaio e argentina e nas aduanas de Itaqui e de Aceguá.

– Sem cumprir a realização do laudo fitossanitário e a pesagem dos grãos importados de outros países, o governo está prejudicando os interesses dos produtores – acrescentou o presidente da Federarroz, em relação ao que prevê a Lei 12.427.

Valter Pötter acompanha a manifestação em Itaqui, onde quase 100 produtores impedem a passagem de caminhões com cargas de arroz vindas da Argentina. Oito veículos já estão retidos na Aduana. No Porto Seco de Aceguá, produtores dos municípios de Bagé, Livramento, Dom Pedrito, São Sepé, São Gabriel e Rosário do Sul bloqueiam a entrada de produtos do Uruguai.

Segundo o vereador de Dom Pedrito, Jorge Vogel, que visitou a barreira de Aceguá na tarde desta terça-feira, o protesto também visa chamar a atenção dos governos estadual e federal para a forma desleal e desnecessária com que o produto do Mercosul entra no país e gera redução de preços para o arroz brasileiro.

– O Brasil tem arroz suficiente para atender o seu consumo e o arroz do Mercosul, fortemente subsidiado e com muito menos impostos, segue entrando livremente no Brasil. Não há sequer um controle dos resíduos dos agrotóxicos que usam naquelas lavouras – frisou Vogel.

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