FAO tem esperanças em nova variedade de arroz
O arroz C4 tem potencial para superar o rendimento das melhores variedades e híbridos de arroz existentes entre 15% e 20%.
A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) manifestou nesta sexta-feira “grandes esperanças” nas possibilidades de uma nova variedade de arroz, a C4, cujo bom rendimento pode alimentar a crescente população mundial, informou a entidade.
– O desenvolvimento do arroz C4 e de outras variedades similares nos parece um fato positivo e recomendamos ativamente aos Estados-membros e à comunidade de doadores todo o apoio à pesquisa centrada em melhorar sua eficácia fotossintética – afirmou o secretário da Comissão Internacional do Arroz, Nguu Nguyen.
Os esforços da comunidade científica internacional para melhorar a planta de arroz foram elogiados pelos especialistas da FAO, que alimentam esperanças de um maior rendimento para alimentar no futuro a população mundial.
– Precisamos enfrentar o desafio de alimentar uma população mundial que pode chegar a 8,3 bilhões de pessoas em 2030, com uma demanda de arroz de 771 milhões de toneladas – explicou Nguyen.
Para poder atender a este aumento da demanda para 2030, a produção mundial – que foi em 2005 de 618 milhões de toneladas – deverá aumentar em cerca de 153 milhões de toneladas.
– Trata-se de um enorme desafio, já que a terra e a água necessárias para o cultivo de arroz são recursos que continuam diminuindo como resultado da urbanização e da industrialização – advertiu Nguyen.
A produção sustentável requer um aumento importante do rendimento por hectare, segundo os especialistas.
A FAO recebeu positivamente a informação sobre um importante esforço científico internacional para melhor a eficácia, o que para os especialistas pressupõe transformar o arroz de uma planta C3 para C4, sendo que o “C” indica a quantidade de carbono capturada no processo da fotossíntese e que serve para o crescimento.
O arroz C4 tem potencial para superar o rendimento das melhores variedades e híbridos de arroz existentes entre 15% e 20%.
No entanto, será preciso alguns anos para que as variedades C4 estejam disponíveis.