Manejo de solo do cerrado é tema de curso oferecido a assentados rurais de Goiás

O encontro vai até o dia 5 de setembro e é promovido pela Embrapa Arroz e Feijão (Santo Antônio de Goiás/GO e o Instituto Incra, em Goiás.

Manejo de solo será o tema do II módulo da capacitação que acontece amanhã, dia 31de agosto, no auditório do Augustus Hotel, reunindo 200 técnicos do Incra e de entidades prestadoras de serviços de assistência técnica, além de assentados e monitores em manejo de solo. O encontro, que vai até o dia 5 de setembro, é promovido pela Embrapa Arroz e Feijão (Santo Antônio de Goiás/GO), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Goiás.

Para o pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão, Agostinho Didonet, o grande desafio nos assentamentos está na recuperação e na manutenção da estrutura física, química e biológica do solo que, em muitas situações, se encontram completamente degradados, resultando na queda da produtividade, na erosão do solo e deterioração de terras, dentre outras consequências.

Esta capacitação faz parte do projeto Tecnologia, Sustentabilidade e Multifuncionalidade em Áreas de Assentamento Rural que tem como objetivos, implementar e estruturar quatro centros de pesquisa para geração, adaptação e capacitação em tecnologias voltadas para agricultores familiares, sendo um centro em Goiânia e três regionalizados no norte, centro e sul do Estado de Goiás.

Também a parte de produção de sementes, gestão e planejamento de propriedade, produção de leite, produção de grãos e de mudas, fruticultura, horticultura, biodiesel e uso sustentável e responsável dos recursos naturais fazem parte do projeto.

A disseminação de um mínimo de informação sobre manejo ambiental e uso sustentável de espécies nativas, manejo e adubação de pastagem e Sistemas Agroflorestais – SAFs, também serão abordados no encontro como forma de prevenir e diminuir a degradação em andamento e recuperar áreas em que o sistema produtivo convencional trouxe grandes impactos socioambientais.

Os remanescentes de quilombos do município de Mineiros/GO também participam do projeto. Quilombola é toda comunidade afrodescendentes rurais ou urbanas que vivem da cultura de subsistência e suas manifestações culturais têm forte vínculo com o passado. Os quilombolas lutam, principalmente, pela demarcação de suas terras produtivas que foram tomadas, além da preservação de suas características culturais.

Em Goiás, eles têm se esforçado e aperfeiçoado no trabalho com plantas medicinais do Cerrado, produção de arroz, feijão, milho, mandioca, doces caseiros de frutos do cerrado e frutas tradicionais da região. Ao longo do tempo os remanescentes de quilombos vêm sofrendo com a degradação ambiental e, consequentemente, com a redução de sua flora.

Em outubro, será realizado o terceiro módulo conclusivo da capacitação, com o tema Produção Própria de Sementes e Mudas de Espécies Nativas.

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