Litoral utiliza controle biológico no combate a praga do arroz

Todos os anos, o Governo do Estado deixa de arrecadar quase US$ 32 milhões em ICMS e os produtores perdem aproximadamente US$ 266 milhões.

O projeto combate a infestação do arroz vermelho, praga que no período de entressafras provoca perda de uma entre sete safras e ameaça 15% das propriedades gaúchas dedicadas ao plantio do cereal básico. O uso de marrecos de Pequim é uma alternativa que está dando resultados. A gravidade da situação pode ser medida pelo fato de, em determinadas regiões, muitas lavouras não mais serem cultivadas pelo sistema convencional devido ao grau elevado de infestação.

Todos os anos, o Governo do Estado deixa de arrecadar quase US$ 32 milhões em ICMS e os produtores perdem aproximadamente US$ 266 milhões. As cifras podem ultrapassar esses valores, caso sejam consideradas a redução do preço final ao consumidor e a geração de empregos no beneficiamento e na comercialização.

– No mês de abril, período da colheita, alguns grãos caem no solo, entre as quais sementes de arroz vermelho. Assim, acabam germinando e infestando a lavoura para a safra seguinte – explica o coordenador do projeto Vicente Oliveira. O uso de herbicidas ainda é o principal meio de controle da infestação, porém essa providência esbarra no alto custo do produto.

– O uso dos marrecos concorre para o equilíbrio ecológico, pois os marrecos de Pequim consomem todas as pragas que restarem na lavoura, facilitando o plantio, reduzindo o uso de produtos químicos e tornando a área mais rentável – justifica Oliveira.

Atualmente, há em torno de 35 mil aves apenas nas localidades de Morrinhos do Sul, Mampituba e Torres.

– As vantagens são inúmeras, como aumento da fertilidade do solo e da produtividade do arroz, produção de proteína de alta qualidade e diminuição dos custos da lavoura – garante o técnico agrícola do Irga.

No município de Torres houve redução de 60% no uso de óleo diesel das máquinas para preparo do solo.

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