Rigotto anuncia investimento de R$ 13,6 milhões em Alegrete

O investimento total será de R$ 13,6 milhões, dos quais R$ 9,5 milhões serão financiados pelo Banco. A central termelétrica vai produzir energia a partir da casca de arroz e oferecerá 140 empregos diretos.

O governador Germano Rigotto assinou, nesta segunda-feira (27), contrato de crédito do BRDE à Cooperativa Agroindustrial Alegrete (Caal), para implantação de uma central termelétrica no município, com potência de 3,4 megawatts (MW). O investimento total será de R$ 13,6 milhões, dos quais R$ 9,5 milhões serão financiados pelo Banco. A central termelétrica vai produzir energia a partir da casca de arroz e oferecerá 140 empregos diretos.

– Os investimentos que vêm sendo feitos na Fronteira Oeste e na Metade Sul têm um papel muito importante no desenvolvimento do Rio Grande. Por isso, nesses quatro anos de governo, nos empenhamos para estimular, ao lado das vocações econômicas tradicionais dessas regiões, o surgimento de outros meios de produção. O BRDE se fortaleceu e está dando uma resposta muito afirmativa nessa direção – disse o governador.

Rigotto observou que o Rio Grande do Sul já conta com nove termelétricas à base de biomassa em operação. Cinco delas – uma localizada também em Alegrete e as outras em Itaqui, São Gabriel, Bagé e São Pedro do Sul – usam como fonte os resíduos do arroz.

– A casca do arroz, quando não-utilizada, acaba criando problema ao meio ambiente, por causa do acúmulo. Ao ser transformada em energia, se resolve uma questão ambiental e ao mesmo tempo se contribui para que o Rio Grande do Sul avance na busca da auto-suficiência na geração energética, o que deverá ser alcançado até 2010 – afirmou.

Entre outros investimentos consolidados durante sua administração em Alegrete, citou a reativação do frigorífico Mercosul e a inclusão do município na área abrangida pela base florestal que a empresa sueco-finlandesa Stora Enso está implantando no Estado, com investimento de R$ 50 milhões.

O arroz do qual será extraída a casca para geração de energia pela usina da Caal será industrializado na própria cooperativa. Os resíduos serão aproveitados em todas as suas unidades, incluindo três supermercados e três plantas industriais. Além dos empregos criados, será instituída uma nova frente de trabalho, que vai utilizar profissionais especializados na área.

De acordo com o presidente da Caal, José Alberto Pacheco Ramos, serão queimados 80% da casca do arroz industrializado pela cooperativa e haverá economia de R$ 1,8 milhão na produção de energia.

– Era um projeto de dez anos, que agora estamos concretizando. Vamos aumentar a produção, reduzir custos, gerar empregos e contribuir com a necessidade de se produzir mais energia no Rio Grande do Sul, além de beneficiar o meio ambiente – acrescentou.

Atualmente, a Caal empacota e armazena o arroz, vendido em todo o país.Conforme destacou o diretor de Operações do BRDE, Lélio Souza, a Caal é a segunda maior empregadora de Alegrete, mantendo hoje 900 funcionários e chegando a ter entre 1 mil e 1,2 mil pessoas trabalhando em períodos de safra.

– Este é mais um importante investimento para a modernização da Metade Sul, com tecnologia de menor impacto ambiental e racionalização de custos, para que a cooperativa possa direcionar seus recursos a novos investimentos – ressaltou.

Segundo Lélio Souza, durante o governo Rigotto, foram destinados pelo BRDE à Metade Sul R$ 110 milhões, o equivalente a mais de 52% do que o Banco aplicou na região em 33 anos. Ao todo, o BRDE contabiliza mais de R$ 1,015 bilhão em 15.132 operações efetivadas no Rio Grande do Sul desde 2003.

– “É a primeira vez que atinge essa cifra em um período inferior a quatro anos – disse o diretor de Operações, citando os setores industrial e agropecuário como os que mais tomaram crédito do BRDE nesses quatro anos.

Os valores financiados aos dois segmentos foram, respectivamente, de R$ 372,9 milhões e R$ 310,1 milhões.O prefeito de Alegrete, José Rubens Pillar, salientou que o Governo Rigotto sempre esteve atento à necessidade de desenvolvimento da Metade Sul e que o BRDE vem tendo participação importante nisso.

PRESENÇAS:
Estiveram presentes, entre outros, o diretor de Planejamento do BRDE, Vercidino Albarello, o gerente da agência do BRDE em Porto Alegre, Carlos José Ponzoni, o gerente de Operações, Miguel Oliveira, e o assessor da diretoria, Carlos Knder, o vice-presidente da Caal, Jorge Luiz Paim de Almeida, o conselheiro de Administração da cooperativa, Antonino Souza Dornelles, os representantes da empresa holandesa Bioheat, Geert de Haas e René Venendall, o presidente da Fearroz, André Barreto, o vice-presidente da Fecoagro, Álvaro Silva, o secretário executivo do Sindarroz, Cézar Augusto Gazzaneo, e o diretor da empresa PTZ, encarregada do projeto de construção da usina da Caal, Ricardo Pletz. Fonte: Governo do Estado

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