Embrapa lança nova cultivar e eleva qualidade do grão do arroz

Devido a sua qualidade de grãos, o lançamento rivaliza com a variedade BRS Primavera, considerada pelo mercado como padrão de excelência em terras altas.

Os agricultores de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Rondônia, Roraima, Pará, Tocantins, Maranhão e Piauí podem contar a partir da safra 2007/08 com a BRS Sertaneja, a nova cultivar de arroz de terras altas (sequeiro) da Embrapa Arroz e Feijão, de Santo Antônio de Goiás (GO). Devido a sua qualidade de grãos, o lançamento rivaliza com a variedade BRS Primavera, considerada pelo mercado como padrão de excelência.

De acordo com o melhorista Emílio da Maia Castro, ambas cultivares foram comparadas em uma série de experimentos. Em 115 ensaios a campo, ao longo dos últimos quatro anos, as duas tiveram produtividades bastante próximas, médias de 3,6 mil quilos por hectare. No entanto, foram nos testes de colheita e pós-colheita que a BRS Sertaneja se sobressaiu, demonstrando superioridade quanto à qualidade de grãos.Segundo o pesquisador, os grãos da nova cultivar são classificados como arroz longo-fino.

Após 60 dias de colhido, o produto pode ser beneficiado, comercializado e levado à panela que os grãos apresentam cozimento plenamente soltos. O diferencial destacado por Emilio consiste exatamente no seguinte no rendimento industrial de grãos inteiros, entre 60% e 70%.

Um outro aspecto ligado a essa propriedade e ressaltado pelo pesquisador é que o rendimento de grãos inteiros da BRS Sertaneja é estável. Ele lembra ainda que mesmo quando a colheita da nova cultivar é realizada entre 30 e 45 dias após a floração, não há perdas expressivas no rendimento de grãos inteiros.Conforme Emílio, isso quer dizer que o ponto de colheita da BRS Sertaneja é mais flexível que o da BRS Primavera, o que dá ao produtor maior margem de segurança, caso haja algum previsto no campo.

Quanto às características agronômicas, Emílio informa que a BRS Sertaneja é moderadamente resistente às doenças mais comuns, a não ser a brusone, que exige medidas de controle mais rigorosas. Ele afirma também que a cultivar se adapta a diversas condições de cultivo, inclusive em rotação de culturas, renovação de pastagens, abertura de áreas e integração lavoura-pecuária.

– Até nos sistemas menos mecanizados, a BRS Sertaneja se saiu bem, pois suas plantas altas, com colmos grossos e panículas grandes facilitam o corte e a trilha manuais – complementa Emílio.

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