Arrozeiros gaúchos avançam nas questões ambientais

O Dia do Arroz, na Casa RBS, segue à tarde durante a 30ª Expointer, com palestras sobre exportação e o mercado do arroz. Fischer explicou que os arrozeiros armazenam 47,2% da água necessária para irrigar. .

A conscientização dos produtores de arroz nas questões ambientais está ajudando a melhorar a qualidade da lavoura gaúcha. Em evento na Casa da RBS nesta segunda-feira (27), o presidente do Instituo Rio Grandense do Arroz (Irga), Maurício Fischer, enalteceu a redução do uso da água e a otimização dos custos com uma produção mais limpa.

O Dia do Arroz, na RBS, segue à tarde durante a 30ª Expointer, com palestras sobre exportação e o mercado do arroz. Fischer explicou que os arrozeiros armazenam 47,2% da água necessária para irrigar.

– Somos usuários da água e não consumidores – disse, se referindo ao retorno da água aos mananciais após o processo de produção do cereal.

– Através da transferência de tecnologias, houve avanços no cultivo e o incremento de produtividade – explica.

A produção mais limpa, difundida pelos técnicos do Irga, consiste em um tratamento diferenciado para gerar o mínimo impacto ambiental. A palha do arroz, por exemplo, que antes era queimada passou a ser utilizada para outros fins. O preparo antecipado do solo e o sistema de cultivo mínimo, com redução da emissão de gás carbônico também são discutidos para não agredir a natureza.

– Essa redução do gás carbônico irá possibilitar ao setor, inclusive, ganhar créditos de carbono – salienta Fischer.

A meta para a utilização da água é desafiadora. Segundo a agrônoma do Irga Vera Macedo, na década de 70 os produtores utilizavam 15 mil metros cúbicos para produzir quatro mil quilos por hectare. Atualmente, a produtividade chega a sete mil quilos por hectare com 12 mil metros cúbicos.

– Nossa meta é aumentar os rendimentos da lavoura e diminuir o uso da água para até 10 mil metros cúbicos – explica Macedo.

O secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, João Carlos Machado se mostrou entusiasmado com os resultados do trabalho do Irga em relação ao meio ambiente.

– Os produtores, como eu, são os mais interessados na preservação dos recursos naturais – disse.

Machado destacou, ainda, a integração com a secretaria do Meio Ambiente.

– O trabalho em conjunto faz muito bem à todos os arrozeiros – finaliza.

Durante o evento, o secretário do Meio Ambiente, Carlos Otaviano Brenner de Moraes, anunciou mudanças no licenciamento ambiental. Agora, o orizicultor pagará o licenciamento apenas para a área que será cultivada com arroz, ao contrário do que acontecia antes, em que a cobrança era realizada pela área de toda a propriedade rural.

Participaram do evento, o presidente da Federarroz, Renato Rocha; o promotor público, Alexandre Saltz; o diretor do Departamento de Recursos Hídricos da SEMA, Ivo Melo; a diretora Márcia Mandagará; o presidente da Comissão do Arroz da Farsul, Francisco Schardong e o presidente da Comissão de Recursos Hídricos da Farsul, Ivo Lessa.

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