Epagri promove palestra sobre produção integrada de arroz em Rio do Sul
Santa Catarina tem oito mil produtores de 1,1 milhão de toneladas de arroz irrigado, em 65 municípios com 60 indústrias de arroz, cuja capacidade de produção é de 1,5 milhão de toneladas, que indubitavelmente causam algum impacto ambiental, social e econômico.
O secretário regional de Rio do Sul, Germano Purnhagen; o gerente regional da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de SC (Epagri), Ilói Antunes dos Santos; e da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de SC (Cidasc), José Menegatti; da Fundação do Meio Ambiente (Fatma), Arno Zimmermann; e de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Agrícola da SDR/Rio do Sul, Salésio Nardelli, assistiram à palestra proferida pelo engenheiro agrônomo da Estação Experimental da Epagri de Itajaí, José Noldin, sobre a “Produção Integrada de Arroz – uma saída social, ambiental e econômica acertada para os rizicultores”.
Noldin falou de recomendações técnicas, ambientais e trabalhistas da atividade rizícola, de modo a torná-la sustentável ambiental e economicamente. Santa Catarina tem oito mil produtores de 1,1 milhão de toneladas de arroz irrigado, em 65 municípios com 60 indústrias de arroz, cuja capacidade de produção é de 1,5 milhão de toneladas, que indubitavelmente causam algum impacto ambiental, social e econômico.
Segundo o engenheiro, os aspectos positivos da Produção Integrada são o melhor manejo da lavoura, menor impacto ambiental, melhoria físico-química da água, produção de alimentos seguros e melhor identificação do produto no mercado. A adoção de sistema produtivo, que reduz o uso de agrotóxicos, visa agregar valores, reduzir riscos ambientais, abrir novos mercados e dar acesso às informações do processo produtivo, tornando a produção rastreável.
Segundo o palestrante, é recomendável ao rizicultor: seguir o Termo de Ajuste de Conduta (TAC); não drenar a área na fase de preparo do solo; reduzir uso de herbicidas e inseticidas e o uso de água – seja armazenando água de chuva ou fazendo sua recirculação; evitar o uso preventivo de agrotóxicos; e estimular a produção concorciada com marrecos e/ou peixes.
Com maior esforço, mas para melhor ganho, o produtor de arroz deve monitorar a lavoura com análise de resíduos e o acompanhar a produção com registro de informações, através da adoção de um caderno de campo, para possibilitar a rastreabilidade do produto – algo cada vez mais exigido pelos mercados.
– Já há áreas-piloto de plantio em Paulo Lopes, Tubarão, Imbituba e Guaramirim, que seguem os quesitos da Produção Integrada, e os resultados demonstram que a adoção de alguns critérios na lavoura de arroz melhoram consideravelmente os aspectos relacionados ao ambiente, às comunidades, ao mercado e aos próprios rizicultores – disse Noldin.
O representante da AMAVI – Associação dos Municípios do Alto Vale do Itajaí, Vilando Kuth, reparou que os rizicultores do Vale do Itajaí se adequam rapidamente às novas normas, sejam de âmbito técnico, legal ou mercadológico. “Isso resultará, efetivamente, em melhoria ambiental e de produção”, destaca.
Estavam presentes o presidente da Cooperativa Regional Agropecuária do Vale do Itajaí Limitada, Harry Dorow, e os secretários municipais de Agricultura e representantes de sindicatos rurais