Culturas de verão mantêm atraso na área semeada
Sucessão de chuvas intercaladas com poucos dias de tempo firme tem atrapalhado bastante os produtores, não permitindo imprimir um ritmo mais acelerado no plantio.
A sucessão de chuvas intercaladas com poucos dias de tempo firme tem atrapalhado bastante os produtores, não permitindo imprimir um ritmo mais acelerado no plantio da safra de verão, que de maneira geral se encontra atrasada, de acordo com o Informativo Conjuntural, elaborado pela Emater/RS-Ascar. Para o trigo, a permanência do produto, depois da maturação, por períodos prolongados com umidade excessiva, traz prejuízos na qualidade, com a diminuição do PH.
Com a exceção do arroz, onde nas principais regiões produtoras as chuvas foram menos intensas, as culturas de verão não tiveram aumentos expressivos nos percentuais de área semeada.
Devido à intensidade das precipitações, partes das lavouras recém semeadas têm sofrido sérios danos com a erosão, mesmo aquelas implantadas em sistema de plantio direto, implicando em perdas de sementes e adubos. A estes, deve-se somar os prejuízos (para alguns) do granizo que, neste ano, tem sido registrado em freqüência maior que em outros. Tal cenário é mais visível nas Regiões Noroeste, Norte e Nordeste, onde os temporais têm sido intensos e onde culturas, como o feijão, milho, soja e trigo, são mais expressivas.
A intensidade das precipitações variou conforme a região. Novamente foi registrada a ocorrência de ventos fortes que atingiram 12 municípios da região Norte/Noroeste. Os estragos em benfeitorias e infra-estrutura foram consideráveis, sendo que os municípios mais atingidos foram Horizontina e Boa Vista do Buricá (ambas na Fronteira Noroeste), onde cerca de 90% das casas foram atingidas (destelhadas), segundo levantamento da Defesa Civil. Também foi registrada a ocorrência de granizo no Noroeste Colonial, cujos prejuízos às lavouras estão sendo computados e acrescentados aos já ocorridos ainda em outubro.