Embrapa em defesa da Agência Rural

Na reunião, a chefe-geral da Embrapa Arroz e Feijão (Santo Antônio de Goiás/GO), Beatriz da Silveira Pinheiro, destacou a importância da Agência Rural.

Representantes do setor agropecuário em Goiás se reuniram ontem (21/11) para traçar a estratégia a ser adotada, a fim de sensibilizar o governo estadual pela não extinção da Agência Goiana de Desenvolvimento Rural e Fundiário (Agência Rural), órgão público de apoio à pesquisa e que atua na assistência técnica e extensão rural. O encontro foi motivado pela reforma administrativa anunciada no último dia oito de novembro, que prevê a incorporação da Agência Rural pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (Seagro).

Na reunião, a chefe-geral da Embrapa Arroz e Feijão (Santo Antônio de Goiás/GO), Beatriz da Silveira Pinheiro, destacou a importância da Agência Rural.

– Embora a responsabilidade e os méritos das inovações tecnológicas no meio rural sejam muitas vezes creditados à Embrapa, nós só conseguimos cumprir nossa função ao lado de entidades estaduais irmãs através de um trabalho em rede, fortalecendo o Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária -.

De acordo com Beatriz Pinheiro, a extinção ou o enfraquecimento da Agência Rural prejudicará as atividades não apenas da Embrapa Arroz e Feijão no estado, mas também de outros centros de pesquisa da empresa que desenvolvem projetos em Goiás, tais como Embrapa Algodão (Campina Grande/PB), Embrapa Cerrados (Planaltina/DF), Embrapa Gado de Corte (Campo Grande/MS), Embrapa Gado de Leite (Juiz de Fora/MG), Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas/MG), Embrapa Soja (Londrina/PR) e Embrapa Trigo (Passo Fundo/RS).

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG), Macel Felix Caixeta, considerou que o enxugamento da administração pública estadual elaborado pelo governo goiano é necessário. Contudo, discorda que seja preciso que a Secretaria de Agricultura assimile a Agência Rural.

– Entendemos que a Secretaria de Agricultura tem como missão formular e coordenar as políticas agrícolas e pecuárias, mas a execução destas deve caber à Agência Rural -, disse.

Ainda segundo Macel Caixeta, sem autonomia administrativa e financeira, dificilmente será possível a Agência Rural acompanhar com agilidade o dinamismo das demandas dos produtores, bem como o trabalho de inovação e de atualização constante requerido pelas atividades de pesquisa e pelo serviço de extensão rural.

Além da Embrapa Arroz e Feijão e da FAEG, estiveram presentes na reunião representantes da Federação dos Trabalhadores na Agricultura, da Superintendência Federal de Agricultura, e dos conselhos regionais de Medicina Veterinária e de Engenharia, Arquitetura e Agronomia. As instituições pretendem apresentar o pleito do setor agropecuário em duas audiências públicas, uma na Assembléia Legislativa e a outra na Secretaria da Fazenda, que é quem está à frente da reforma administrativa.

Essa reestruturação da máquina estatal proposta pelo governo goiano prevê principalmente o corte de cargos comissionados e a fusão de órgãos, com o intuito de equilibrar as contas públicas. Hoje existem ao todo 15 secretarias, dez autarquias e cinco pastas com status de secretarias.

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