Embrapa apresentará variedades de arroz na 18ª Abertura da Colheita

Embrapa apresentará cultivares de arroz irrigado na Vitrine Tecnológica, através de Unidades Demonstrativas (UDs) das cultivares BRS Querência, BRS Atalanta, BRS Fronteira, BRS -7 “Taim”.

A Embrapa Clima Temperado estará participando da 18ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz, de 28 de fevereiro a 02 de março, em Cachoeirinha (RS). Segundo o pesquisador Ariano Magalhães Júnior, a Embrapa apresentará cultivares de arroz irrigado na Vitrine Tecnológica, através de Unidades Demonstrativas (UDs) das cultivares BRS Querência, BRS Atalanta, BRS Fronteira, BRS -7 “Taim”.

Haverá especial destaque para as duas primeiras variedades, em função da característica de precocidade com alta produtividade, ótima qualidade de grãos e por permitir a redução do período de irrigação, diminuíndo significativamente o uso da água na lavoura. A 18ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz é promovida pela Federarroz e o Irga. Vamos conhecer um pouco mais das variedades que a Embrapa Clima Temperado apresentará no evento:

BRS QUERÊNCIA

A cultivar BRS Querência, de ciclo biológico precoce, média de 110 dias, oscilando entre 106 e 115 dias da emergência à completa maturação. Por ser um cruzamento envolvendo genótipos dos tipos moderno-filipino e moderno-americano ou japônica tropical, apresenta estatura média de planta de 87 centímetros, alta capacidade de perfilhamento, colmos vigorosos e fortes, resistência ao acamamento, folhas glabras, panícula longa com elevado número de espiguetas férteis.

A produtividade média da BRS Querência, na rede de ensaios de Valor de Cultivo e Uso (VCU) no estado do Rio Grande do Sul, foi de 8,3 t ha-1. Os grãos são do tipo “agulhinha” de casca lisa-clara. O rendimento industrial dos grãos, em condições normais de ambiente e manejo da lavoura, é superior a 65% de grãos inteiros-polidos com renda total de 72%.

Quando polidos, os grãos apresentam ótimo aspecto visual, aparência vítrea com baixa incidência de centro branco e ótima qualidade culinária.

A cadeia produtiva do arroz gaúcho será beneficiada, por contar com essa nova cultivar, produtiva e de excelente qualidade de grãos. A introdução de mais esta cultivar, possibilitará a diversificação genética redução do uso de água para a irrigação.

BRS ATALANTA

A cultivar BRS Atalanta, de ciclo biológico médio de 100 dias, oscilando entre 95 e 105 dias da emergência à completa maturação destaca-se pela precocidade e pela resistência à bicheira- da- raiz. Permite significativa economia de água de irrigação,e flexibilização da época de semeadura.

Apresenta estatura média de planta de 81 centímetros, alta capacidade de perfilhamento e maturação uniforme. Os grãos são do tipo “agulhinha” de casca lisa-clara. O rendimento industrial dos grãos, em condições normais de ambiente e manejo da lavoura, é superior a 62% de grãos inteiros-polidos com renda total de 70%. Quando polidos, os grãos apresentam ótimo aspecto visual, aparência vítrea com baixa incidência de centro branco e ótima qualidade culinária.

A produtividade observada em diversas regiões do RS situa-se acima de 7,0 toneladas por hectare.

BRS FRONTEIRA

A cultivar BRS Fronteira originada de cruzamento envolvendo os parentais Cica 9, BR IRGA 409 e IRI 344, realizado pela Embrapa Arroz e Feijão em 1990, apresenta plantas do tipo “moderno” de folhas lisas.

Tem ciclo médio, em torno de 135 dias, podendo variar de 130 a 140 dias, da emergência à maturação apresenta ampla adaptação no Rio Grande do Sul, com boa tolerância ao acamamento e às doenças. Seus grãos são longo finos, com baixa incidência de centro branco, e com textura solta e macia após a cocção.

A cultivar BRS Fronteira foi avaliada para rendimento industrial e qualidades culinárias com bons resultados. Em ensaios realizados nas diversas regiões orizícolas do RS, esta cultivar demonstrou elevado potencial de produtividade, superando, em alguns casos, as 10 toneladas por hectare de grãos secos e limpos.

Assim, a cadeia produtiva do arroz gaúcho é beneficiada, por contar com uma nova cultivar, de ciclo um pouco mais longo do que as cultivares de ciclo médio disponíveis para o cultivo no estado, produtiva e de excelente qualidade de grãos.

BRS-7 “TAIM”

A cultivar BRS-7 “TAIM” lançada em 1991, possue ciclo biológico ao redor de 130 dias, da emergência à maturação; grãos do tipo patna, de casca lisa, clara e sem aristas; a capacidade produtiva é alta. Em comparação com as demais cultivares, apresenta a boa reação às raças de brusone atualmente predominantes no Estado, sendo moderadamente tolerante.

Suas plantas possuem reação tolerante à toxicidade por Ferro e, segundo dados da Embrapa Clima Temperado, apresentam bom vigor inicial nos sistemas de cultivo de semeadura direta e cultivo mínimo. Em relação à qualidade, A BRS 7 apresenta rendimento industrial superior a 64% de grãos inteiros quando polidos, temperatura intermediária de gelatinização e conteúdo de amilose ao redor de 25%.

O peso médio de mil grãos com casca é 24,38 g e a altura média das plantas é de 80 cm. A cultivar “TAIM” apresenta ampla adaptação às condições de ambiente da lavora de arroz do Rio Grande do Sul, especialmente na Fronteira-Oeste do estado. Também é cultivada no Mato Grosso do Sul, e em uma expressiva área da província de Corrientes, na Argentina, onde tem apresentado, em algumas lavouras, produtividades médias acima de 10.000 kg de grãos com casca por hectare.

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