Preço do arroz em GO dispara e supermercados limitam venda

Com o aumento dos preços do arroz, supermercados estão limitando a venda de algumas marcas por cliente no caso de promoção.

A escalada do preço do arroz ocorrida nos últimos dias fez com que o pacote de 5 quilos de marcas do produto longo fino tipo 1 disparasse nos supermercados de Goiânia. Ontem, o pacote de 5 quilos já era encontrado a mais de R$ 10,00, contra pouco menos de R$ 8,00, no início do mês.

Para o gerente do supermercado Ponto Final, Sílvio Soares, não há justificativa para o aumento do preço do arroz. No início do mês, informa, o estabelecimento vendia a marca mais consumida produto tipo 1 por R$ 7,99 o pacote de 5 quilos. Ontem já oferecia o mesmo produto por R$ 10,98 (aumento de 37,4%). E seu preço de custo já atingiu R$ 11,00.

– Não está faltando arroz, portanto não há motivo para tamanho reajuste – diz.

A professora Ângela Maria Lima Póvoa reclama da elevação acelerada do preço do arroz. Ontem ela levou para casa apenas 1 quilo do produto de uma marca que não conhecia.

– Vou experimentar essa porque está mais barato – explica.

A auxiliar de limpeza Rosemary Oliveira de Freitas se queixa que o preço do arroz está pesando mais no orçamento doméstico.

– Por isso, é bom que imprensa divulgue o problema para as autoridades tomarem providência.

Também o comerciante Jorge Jabour reclamou da disparada dos preços.

Limite

Com o aumento dos preços do arroz, supermercados estão limitando a venda de algumas marcas por cliente no caso de promoção. Ontem a reportagem do POPULAR percorreu cinco supermercados da capital e constatou que em dois deles o cliente só podia levar determinada quantidade, sem que cartazes mencionassem na gôndola que eles estavam em oferta.

No Wal-Mart, cinco marcas estavam limitadas a três unidades (pacotes de 5 quilos) por cliente. A assessoria de imprensa do estabelecimento confirmou que o fato acontecia com quatro marcas de arroz, mas também com marcas de cerveja e de óleo de soja que estavam sendo vendidas a preços promocionais.

No Extra, cinco marcas apresentavam limite de 12 unidades por cliente, também sob a alegação de que estavam em promoção. No último sábado, o Carrefour colocou uma marca em promoção e limitou a venda a um pacote por pessoa. A assessoria do Carrefour ressalta que não há problema de estoque e, nesse caso, o limite foi adotado por causa da grande procura pelo produto.

Sem correria

Segundo o presidente da Associação Goiana dos Supermercados (Agos), João Bosco Pinto Oliveira, a prática de limitar itens em promoção, visa atender o maior número de clientes, evitando que pequenos comerciantes e donos de restaurantes comprem todo o estoque em oferta.

Como não há problemas de abastecimento de arroz, ele alerta que não há motivo para corrida aos supermercados atrás do alimento.
O superintendente estadual do Procon-GO, Antônio Carlos de Lima, explica que o Códido de Defesa do Consumidor (CDC) considera práticas abusivas a chamada venda casada e a limitação de produtos. Nesse último caso, porém, a legislação faz uma ressalva.

– Os limites quantitativos são permitidos se houver justa causa, ou seja, promoção ou escassez – explica.

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