Governos asiáticos querem neutralizar subida do arroz

Os membros do “bloco dos Dez”, reunidos em Jacarta, agiram desta vez com rapidez (são frequentemente criticados pelo seu demorado processo de decisão) ao decidir “ajudarem-se mutuamente para estabilizar os preços à escala global e absterem-se de medidas susceptíveis de perturbar o preço do arroz”.

Os ministros do Comércio da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) decidiram hoje agir em concertação para estabilizar o preço do arroz e aumentar a produção.

Os membros do “bloco dos Dez”, reunidos em Jacarta, agiram desta vez com rapidez (são frequentemente criticados pelo seu demorado processo de decisão) ao decidir “ajudarem-se mutuamente para estabilizar os preços à escala global e absterem-se de medidas susceptíveis de perturbar o preço do arroz”.

A informação foi veiculada aos jornalistas pela ministra indonésia, Marie Elka Pangestu.

A ASEAN agrupa a Tailândia, a Indonésia, a Malásia, as Filipinas, Singapura, Vietname, o Brunei, o Laos, o Camboja e Myanmar (antiga Birmânia).

– Os países produtores estão preocupados com a situação no mercado interno – explica, por seu lado, Jonathan Pincus, economista do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no Vietname.

Por isso, estes países asiáticos estão a tentar proteger as suas populações do aumento dos preços do arroz na região, através de racionamentos, subvenções e limitação de exportações.

O arroz é o alimento básico do Sudeste Asiático e as exportações desta região têm um impacto crucial nas suas cotações mundiais, dado que representam 50% das exportações totais.

O Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD) está reunido em Madrid até terça-feira e o seu presidente, Haruhiko Kuroda, já anunciou uma ajuda financeira imediata aos países da Ásia mais afectados.

Kuroda disse que o preço do arroz triplicou nos últimos quatro meses, o que, em sua opinião, “não se pode explicar pela lei da oferta e da procura”.

Segundo o BAD, Sri Lanka, Paquistão, Índia, Bangladesh, Vietname, Cazaquistão e Tajiquistão são os países membros da instituição mais expostos à crise.

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