Cachoeira do Sul terá seu Museu do Arroz

Prefeito Marlon Santos, da Capital Nacional do Arroz, assina documento que dá o primeiro passo pelo Museu do Arroz .

O prefeito Marlon Santos tomou uma atitude importante para a preservação da história de Cachoeira do Sul. Durante a 15ª Feira Nacional do Arroz, anunciou ter dado o primeiro passo para a criação do Museu do Arroz e aproveitou para anunciar também a construção do novo centro administrativo do Município.

No estande da Prefeitura montado no evento, Marlon assinou um decreto desapropriando dois prédios do Engenho Brasil, de propriedade da família Roesch, e os tornando de utilidade pública – serão restaurados para as obras do novo museu e do centro administrativo.

Com este ato, a Prefeitura coloca-se à frente do maior empreendimento cultural da história de Cachoeira do Sul, o primeiro Museu do Arroz da América Latina – objetivo principal da criação da Defender.

– Somos produtores de arroz, temos a maior feira da América Latina e não poderíamos perder este empreendimento – ressaltou o prefeito.

O decreto foi assinado na presença do presidente da Fenarroz, Érico Razzera, que fez questão de valorizar o ato do prefeito, indicando que com este ato, a Prefeitura está conseguindo transformar um sonho em realidade.

– A Capital do Arroz merece esta obra.

Emocionado, o produtor cultural da Defender, Telmo Padilha, também fez questão de valorizar a “preservação do maior engenho de beneficiamento de arroz da América Latina na década de 40, transformando a área nobre dos engenhos em um grande espaço cultural que resgatará a história da produção e cultivo deste cereal com um grande acervo de informações e equipamentos em exposição”.

O prefeito Marlon Santos disse que a motivação para decretar a desapropriação é valorizar a história do município e acrescentou que o empenho de entidades e personalidades de Cachoeira para esta obra, também o interesse de outros municípios em criar o museu, foram determinantes para este importante passo.

CULTURA

Além disso, construiremos o centro administrativo e todos que forem à Prefeitura deverão passar pelo museu.

– Estamos valorizando e preservando a cultura do arroz – disse o prefeito.

Marlon acrescenta que o centro administrativo ainda poderá abrigar praticamente todas as secretarias de Governo e, talvez, o parque de máquinas das Obras.

– A idéia de levar o centro administrativo partiu do Conselhão, eu planejava colocar na Volta da Charqueada ou próximo ao distrito de Ferreira – revelou Marlon.

Importante

Comemorando a decisão do prefeito em abraçar o principal projeto da Defender, o produtor cultural da organização, Telmo Padilha, disse que a captação de recursos para a criação de museus é facilitada junto às leis de incentivo à cultura.

– O Brasil possui uma política definida para museus – disse.

Também presente à assinatura do documento, o presidente da Câmara de Vereadores, Leandro Balardin, reforçou a geração de empregos e divisas para o município a partir do Museu do Arroz.

– tamos vivendo um momento de reversão de valores de preservação. A geração de empregos e o turismo a partir do museu trarão riqueza para Cachoeira – salientou Balardin.

O que vai acontecer agora

– Após esta primeira etapa da desapropriação dos prédios, a Prefeitura deverá fazer uma avaliação do prédio e levantamento das dívidas pendentes com o Governo Municipal e de uma dívida hipotecada junto ao Banco Regional de Desenvolvimento do Estado (BRDE).

– Com o resultado desta avaliação será determinado se a família precisa ser ressarcida. Neste caso, a Prefeitura deve depositar o valor para a família, precisando passar projeto para o pagamento pela Câmara de Vereadores.

– Se as dívidas ultrapassarem o valor do prédio a Prefeitura zera a sua parte. Estima-se que a dívida de IPTU junto à Prefeitura chegue a R$ 1 milhão. Com o BRDE outro imóvel pode ser hipotecado ou o banco pode tornar-se parceiro da obra.

– A família ainda deverá decidir se não irá se interpor à desapropriação, mas como já anunciou o interesse na obra para valorizar a história do prédio e da produção do arroz há a possibilidade de que seja mais uma parceira na construção do Museu do Arroz.

– Acredito que a família irá entender a importância do projeto. São pessoas cultas e que também desejam o museu – argumentou Marlon.

A Defender será convidada a elaborar os projetos para a criação do Museu do Arroz, anunciou Marlon, e também deverá ser a organização responsável pela busca de recursos junto às leis de incentivo à cultura. O centro administrativo partirá de iniciativa própria do Município.

ATENÇÃO

Organizador do encontro que apresentou um projeto inicial pelo Museu do Arroz, o médico Clóvis Roesch não quis se manifestar sobre a decisão do prefeito de desapropriar os terrenos.

– Prefiro me inteirar sobre a decisão para me pronunciar – reservou-se o neto de Reinaldo Roesch, proprietário do Engenho Brasil.

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