Feijão e arroz diminuem, mas tomate eleva preço
No geral a cesta básica fechou em R$ 216,36, no último mês; R$ 56,56 mais cara que no mês de julho de 2007. Aumento que pesa bastante no bolso do consumidor.
O consumidor até busca estratégias, mas está difícil driblar os preços altos dos alimentos. A cada mês os produtos variam nos valores e em poucas semanas o vilão se torna mocinho. É o caso da inseparável dupla: feijão e arroz, que estavam com preços elevados anteriormente e tiveram queda em julho.
– Tivemos uma recua do preço da maioria dos produtos. O feijão e o arroz foram os itens que mais baixaram, mas também eram os mais elevados. O que subiu muito foi o tomate porque ele tem que vir de fora. É uma alta em torno de 32%. A carne também subiu um pouquinho, mas a variação pequena depende muito das promoções – comenta o economista, Alberi Daubermann.
A aposentada Terezinha Nunes até gostou do balanço geral da cesta básica. Para ela o tomate até pode subir.
– Tomate eu uso pouco. O feijão arroz e a carne são essenciais – declara.
No geral a cesta básica fechou em R$ 216,36, no último mês; R$ 56,56 mais cara que no mês de julho de 2007. Aumento que pesa bastante no bolso do consumidor.
– Eu economizo o máximo que posso, pois está muito caro. Estou sempre procurando as ofertas e é cada vez mais difícil porque o que você ganha não dá para comprar tudo o que desejaria – fala a dona-de-casa Amélia Alves Dias.
Essa pesquisa sobre o valor da cesta básica mensal é desenvolvida pelos acadêmicos de economia da Univel, em conformidade com a metodologia desenvolvida pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (DIEESE). A cada mês eles analisam os 13 itens que compõe a cesta e visitam 28 mercados. O resultado é o que os consumidores acompanham no dia-a-dia: alta de preços. Dona Geni é uma consumidora que já pensa em estratégias.
– Eu acho que subiu bastante. O governador disse que a comida subiu porque o pobre começou comer, mas agora a gente vai ter que parar, pois começa a subir tudo de novo. Daí não dá mesmo para o pobre comer – relata a auxiliar de assistência social, Geni Ramalho.
Se a situação parece desesperadora, o coordenador da pesquisa, economista Alberi Daubermann não tem boas notícias para os próximos meses.
– Até a metade do ano vimos que os preços foram subindo. Podemos ter algum pico de baixa, mas o aumento deve seguir. O que esperamos é que tudo se estabilize – conclui. ]