Lavoura de arroz pré-germinado atinge recorde de produtividade no RS
No Estado, a produtividade média da última safra no sistema normal de produção foi de 141 sacos por hectare, enquanto que no sistema pré-germinado foi de 168 sacos por hectare.
O recorde de produção de arroz pré-germinado do Rio Grande do Sul foi obtido em Dona Franscisca, na propriedade do produtor Egon Raddtz, que colheu uma média de 222 sacos por hectare. No Estado, a produtividade média da última safra no sistema normal de produção foi de 141 sacos por hectare, enquanto que no sistema pré-germinado foi de 168 sacos por hectare.
As informações foram repassadas na reunião de avaliação e planejamento da cultura de arroz pelo sistema pré-germinado, realizada nessa terça-feira (19), na sede do Irga, e que contou com a presença de representantes da Emater/RS-Ascar, Embrapa e do Grupo Pré-Germinado, além do Irga e de agricultores.
Avaliar algumas tecnologias que estão sendo recomendadas e utilizadas pelos produtores de arroz que utilizam esse sistema foi o principal objetivo da reunião. De acordo com o assistente técnico estadual da Emater/RS-Ascar, José Enoir Daniel, “não estamos afirmando que um sistema é melhor que o outro, mas que o sistema pré-germinado pode ser utilizado em algumas regiões do Estado, com sucesso e, o mais importante, sem contaminar o meio ambiente”.
Para Daniel, a partir desse sistema são utilizadas tecnologias mais limpas “e com resultados positivos para o agricultor e toda a sociedade gaúcha”.
Menos contaminação
Na última safra, o Estado plantou cerca de 80.000 mil hectares de arroz pelo sistema pré-germinado.
– Esse sistema vem crescendo todo ano no aumento de área e de produtividade – afirma Daniel, ao destacar que um dos grandes problemas que estava ocorrendo era a drenagem da água de irrigação com muito material sólido em suspensão para os manancias hídricos.
– Hoje, com a nova tecnologia, não é mais necessário fazer a drenagem dessa água pra que a lavoura de arroz se estabeleça – afirma o técnico ao citar, como vantagens do sistema, a redução de perda de solo e de nutrientes, a diminuição da demanda de água para a irrigação, o menor consumo de energia elétrica e menos mão-de-obra.
– Para a próxima safra mais lavouras pilotos estratégicas serão instaladas com essas tecnologias, para mostrar a todos os agricultores que é possivel produzir arroz com tecnologias adequadas ambientalmente – salienta Daniel, ao antecipar que a meta do Grupo Pré-Germinado, Emater-RS/Ascar, Irga e Embrapa, é que todas as lavouras que utilizem o sistema pré-germinado adotem essas tecnologias.
No RS, são 19 lavouras experimentais, localizadas, além de Dona Francisca, em Venâncio Aires, Candelária, Cerro Branco, Paraíso do Sul, Tapes, Barra do Ribeiro, São Leourenço, Torres, Santo Antônio da Patrulha, Arroio Grande, Camaquã, Viamão, Esteio, Sertão Santana, São Jerônimo e Nova Santa Rita.