Preço do arroz em casca deve registrar novas altas
Desde o pico atingido em maio, de R$ 35,32 por saco de 50 Kg, até recuar para o nível mais baixo em de R$ 32,11 por saco de 50 Kg na segunda quinzena de junho, o preço voltou a acumular um avanço de R$ 2,32 por saco de 50 Kg (+7,22%).
Os preços do arroz em casca seguem em gradual elevação nesta entressafra. Os preços do arroz em casca seguiram em alta nos primeiros dias de setembro, impulsionados pela postura firme dos produtores. Desde o pico atingido em maio, de R$ 35,32 por saco de 50 Kg, até recuar para o nível mais baixo em de R$ 32,11 por saco de 50 Kg na segunda quinzena de junho, o preço voltou a acumular um avanço de R$ 2,32 por saco de 50 Kg (+7,22%), subindo nesta semana para a média de R$ 34,43 por saco de 50 Kg.
No Rio Grande do Sul, a cotação do arroz em casca ao produtor subiu para uma média de R$ 34,43 por saco de 50 Kg nesta semana, contra a média de R$ 32,18 por saco de 50 Kg na primeira semana de agosto e R$ 35,32 por saco de 50 Kg na segunda quinzena de maio (a maior média deste ano-safra 2007/2008).
No Estado, a cotação do arroz em casca, ao produtor, em média, acumula uma alta de 40,3% nos últimos 12 meses, uma alta de 1,5% em uma semana, de 3,1% nos últimos 30 dias e de 55,2% no ano-safra 2007/2008 (03/03/2008 a 15/09/2008). Os preços oscilam em uma faixa ampla que vai desde R$ 34,00 a R$ 35,50 por saco de 50 Kg (50 x 18), FOB produtor, no Rio Grande do Sul, com picos de até R$ 42,00 por saco de 50 Kg, para variedades nobres e alto percentual de grãos inteiros, no litoral norte do Rio Grande do Sul.
A entressafra vai avançando e os preços também. Com preços entre R$ 42,00 e R$ 46,00 por saca de 60 Kg nos Estados do Centro-Norte do país, a tendência é de um crescimento nas compras de arroz em casca e beneficiado de diversos Estados, do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realiza, a partir dessa semana, uma série de leilões e aquisições diretas de produtos, com objetivo de formar estoques estratégicos e apoiar produtores rurais. Nos próximos dias 16 de setembro, 30 de setembro e 15 e outubro serão leiloadas 50 mil toneladas de arroz em cada rodada. O produto está estocado nos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.
A Conab poderá aumentar a quantidade ofertada, se verificado abuso no preço do produto. Os leilões não devem pressionar os preços pagos aos produtores, no mercado da Região Sul, em decorrência do ajustamento entre oferta e procura. O maior volume de exportações do que de importações de arroz em 2008 (entre janeiro e agosto) reforça a tendência de alta dos preços nesta entressafra.
Segundo os dados da Secex, entre janeiro e agosto de 2008, as exportações brasileiras de arroz somaram 469.172 toneladas. Houve aumento de 27,9% de julho para agosto. Esse é um volume recorde mensal desde 1996. Os principais importadores do arroz brasileiro em agosto foram Venezuela, Cuba, Senegal e Mauritânia. O Hemisfério Norte está em período de colheita e os preços internacionais estão em queda.
A previsão é de exportações de 700 mil toneladas em 2008, o equivalente a apenas 5,8% da produção brasileira dessa safra 2007/2008, de 12,108 milhões de toneladas. Caso a média das exportações brasileiras de arroz permaneça em 58.646 toneladas mensais, o Brasil exportaria 703.758 toneladas em 2008.
O governo brasileiro vai doar até 100 mil toneladas de arroz para o Haiti, República Dominicana e Cuba, países atingidos pelo furacão Gustav nos últimos dias. Com essa doação, as exportações brasileiras deverão crescer acima das expectativas em 2008. As exportações subiriam para 569.172 toneladas de forma imediata. Além disso, o dólar segue em forte valorização nos últimos dias e os estoques finais do ciclo 2007/2008 estão avaliados em 1,030 milhão de toneladas, suficientes para cerca de 30 dias de consumo doméstico.