Custo do arroz terá reformulação no método
Abertura do plantio reuniu lideranças em Cachoeirinha. Cesa reabrirá terminal em novembro.
O método de cálculo do custo de produção do arroz irrigado no Rio Grande do Sul passa por reformulação. O anúncio foi feito ontem pelo presidente do Irga, Mauricio Fischer, durante a Abertura Oficial do Plantio da Safra 2008/2009, em Cachoeirinha.
– Estamos buscando uma adequação à nova realidade para termos um custo que seja o espelho do Estado – frisou.
Os cálculos são elaborados com o apoio de técnicos da PUCRS e terão como referência as condições atuais de plantio, como cultivo mínimo, nível de adubação maior e sistema de irrigação. O resultado do estudo deve ser conhecido em 15 dias. Fischer explicou que antes da crise cambial, os fertilizantes representavam entre 8% e 10% do total da produção.
– Agora, com a elevação, chegaram a 15%.
Segundo ele, em maio, o custo elaborado pelo Irga estava em R$ 32,00 por saca. A Conab sinalizou R$ 36,50, antes da crise.
O presidente da Federarroz, Renato Rocha, disse que o momento é de zelar pelo crédito, intensificar a atenção à gestão da lavoura e evitar investimentos de risco.
– O ideal é não assumir compromissos extras – apontou.
Já o presidente da AL, Alceu Moreira, agendou para novembro debate para análise do setor.
– Não é justo que os juros e o custo de produção lesem os produtores.
O secretário da Agricultura, João Carlos Machado, ressaltou que o RS alcançou a maior produtividade da história.
– Neste ano, vamos exportar mais do que importamos – assinalou.
O diretor-presidente da Cesa, Juvir Mattuela, anunciou para novembro a reabertura do terminal de escoamento em Rio Grande.