FGV: arroz, feijão, laticínio e carne pressionam IPC-S

Aumentos de preços em arroz e feijão, laticínios e carnes bovinas levaram à inflação mais intensa, informou o economista da FGV, André Braz.

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou hoje que, das sete capitais pesquisadas para o cálculo do Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S), todas apresentaram elevação de preços mais intensa, ou fim de deflação, na passagem da terceira prévia de outubro para o dado fechado do indicador no mês passado. Aumentos de preços em arroz e feijão, laticínios e carnes bovinas levaram à inflação mais intensa, informou o economista da FGV, André Braz.

De acordo com ele, os preços dos alimentos no varejo não estão subindo de forma generalizada. “Na realidade, os aumentos de preços estão concentrados em poucos produtos”, afirmou.

No caso de São Paulo, capital de maior peso no cálculo do IPC-S, houve aumentos de preços em arroz e feijão (de 0,79% para 1,81%); carnes bovinas (de 2,14% para 3,24%) e fim de queda de preços em laticínios (de -1,39% para 0,19%). Esses são, de maneira geral, os itens que estão contribuindo para um cenário de inflação mais pressionada no setor de alimentação nas capitais. Ele comentou ainda que, em São Paulo, estão ocorrendo quedas de preços em itens alimentícios de peso, como hortaliças e legumes (-1,37%) e óleos e gorduras (-3,93%). Mas essas quedas não foram suficientes para conter o impacto das altas nos preços dos outros itens alimentícios, no cálculo do IPC-S, que apresentou taxas maiores nas capitais.

Para as próximas quadrissemanas, o economista não descartou uma continuidade na taxa de aceleração do IPC-S nas capitais. Isso porque os aumentos de preços em arroz e feijão, laticínios e carnes não dão sinais de arrefecimento. No caso das carnes bovinas, Braz lembrou que essa é a época de entressafra no preço do produto, que reduz a oferta do item no mercado interno, puxando para cima os preços no mercado. Além disso, ele comentou que os preços dos in natura são muito voláteis, e podem voltar a subir de novo, mesmo apresentando queda de preços nas capitais, atualmente.

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