Piripiri mostra experiências na agricultura familiar com arroz

De acordo com avaliação inicial, este ano,a colheita deve chegar a 8 toneladas por hectare.

Um grupo formado por nove agricultores familiares da localidade Bom Sucesso, no município de São José do Divino, tem se destacado na produção de arroz irrigado e criação semi-intensiva de gado leiteiro. A produção de leite, que conta com 32 animais, chega a 150 litros por dia, é fornecida para a indústria de laticínios. Mas, a grande novidade do trabalho da equipe é a produtividade que está sendo obtida na exploração de 20 hectares de arroz. De acordo com avaliação inicial, este ano, a colheita deve chegar a oito toneladas por hectare.

A informação é de Wilson Andrade, coordenador regional do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí (Emater), em Piripiri, da qual fazem parte 10 municípios, dentre eles, São José do Divino. “É de fundamental importância a assessoria técnica que está sendo prestada pelos técnicos do Emater na regional de Piripiri. Isso duplica a nossa responsabilidade em todas as atividades projetadas e implantadas para funcionarem em sua plenitude”.

Em São José do Divino, o grupo começou explorando apenas o arroz irrigado em dez hectares, contando apenas com a assessoria técnica do Emater e financiamento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Nas primeiras quatro safras, os resultados foram excelentes e os agricultores, além de pagarem o financiamento, formaram uma estrutura mecanizada com aquisição de trator, colheitadeira, secador e demais implementos. Todos usados. “O segredo do sucesso deste grupo é a assistência técnica, o trabalho em área de massapê, utilizando sementes de qualidade, variedades apropriadas e adubação correta”, disse Francisco Barroso, extensionista do Emater.

Novos financiamentos foram feitos posteriormente no Banco do Nordeste (BNB), agência de Piripiri, para custeio agrícola e investimentos no gado leiteiro. A produção pecuária foi planejada para explorar o grande potencial da fazenda onde já existiam instalações antigas e também são aproveitados os restolhos de cultura. “Uma das dificuldades do nosso grupo está no pagamento do percentual de 10% da produção para o dono da terra, uma vez que trabalhamos em imóvel arrendado”, disse Francisco Fontenele, “o Neguinho”, líder do grupo. O coordenador do Emater disse que já está sendo encaminhada proposta para aquisição de terras pelo Consolidação da Agricultura Familiar (CAF).

Jovens de Pedro II mostram experiências de sucesso

Jovens na agricultura familiar
Com idade entre 20 a 25 anos, 13 jovens oriundos da Escola Santa Ângela, do município de Pedro II, implantaram no Assentamento Paraíso, que fica na comunidade Lagoa do Sucuruju, uma produção de porcos, galinhas caipiras e hortas feitas em sistema de mandala. O projeto foi financiado pelo Crédito Fundiário, em 2007, e conta com assessoria técnica de Fabiano Oliveira, técnico agrícola do Emater. “As instalações foram construídas com recursos do SIC (financiamento inicial do CF) e os animais foram doados pela Fundação Santa Ângela”, disse Fabiano.

Segundo ele, já estão sendo elaborados novos projetos pelo Pronaf com a finalidade de ampliar as atividades e implantar novas modalidades produtivas como produção de caju, coco, goiaba, banana e horta orgânica. “O Assentamento Paraíso é uma experiência nova no Estado, pois trata-se de um grupo de técnicos, filhos de agricultores familiares, com vocação para as atividades ligadas ao setor agropecuário”, disse a Irmã Celina, diretora da Escola Santa Ângela.

Chaguinha é exemplo em Domingos Mourão

O agricultor familiar Francisco das Chagas, Chaguinha, que reside na localidade Vertentes, a 12 km da sede do município de Domingos Mourão, tinha uma pequena criação de cabras, que enfrentava problemas pela falta de recursos e orientação técnica. “No início, pensei em desistir devido à falta de informações”, diz.

Ele conta que procurou o escritório do Emater de Domingos Mourão, onde teve orientação sobre o manejo de caprinos e financiamento de crédito através do Pronaf. “Chaguinha ficou bastante motivado e logo começou a preparar a documentação para o Pronaf B, onde conseguiu R$ 1.500,00 para a aquisição de nove matrizes, um reprodutor mestiço da raça Anglo Nubiano e a reforma do chiqueiro.

Recentemente, Chaguinha conseguiu novo financiamento no valor de R$ 8.700,00 para compra de uma novilha bovina, nove matrizes e um reprodutor ovino, além de nove matrizes e um reprodutor caprino. O projeto conta ainda com 0,5ha de mandioca forrageira, reforma de cerca e ampliação de um aprisco rústico.

“Estou muito satisfeito. Estou melhorando a qualidade de vida de minha família, além de estar dando continuidade a uma tradição que foi iniciada pelos meus pais. Só que de uma forma diferente, usando tecnologia, graças ao acompanhamento do Emater”, finaliza Chaguinha.

Sai o primeiro projeto do PCPR II em Piripiri

O Conselho Municipal do PCPR II, em Piripiri, acaba de aprovar um projeto produtivo para ampliação da horta comunitária e replantio da área produtiva de cajueiro no Assentamento Braço Forte, que fica na comunidade Pé do Morro. O projeto foi implantado 2005 através de financiamento do Crédito Fundiário para oito famílias. O coordenador regional do Emater, em Piripiri, Wilson Andrade, está empolgado com a proposta no trabalho sistemático das atividades, que está sendo implementado na comunidade e pela melhoria da renda dos agricultores familiares.

“Este projeto foi iniciado com implantação de pastagem de pisoteio para alimentação de caprinos e bovinos, criação de galinhas caipiras, cajucultura e implantação de uma horta comunitária com cultivo de olerícolas como cebolinha, alface, pimentão, tomate e coentro. É bom lembrar que a assessoria técnica realizada pelo extensionista Antônio Carlos do Emater, escritório local de Piripiri, é de fundamental importância para o sucesso das atividades do assentamento, que já estão tendo financiamento do Pronaf A”, concluiu Wilson Andrade.

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