Baixa no nível do Rio dos Sinos faz agricultores adotarem medidas emergenciais
Uma das medidas é a tolerância zero para o desperdício de água.
Baixa no nível do Rio dos Sinos faz agricultores adotarem medidas emergenciai
Com a baixa do nível do Rio dos Sinos para as menores marcas da última década, a população e os agricultores da região estão em alerta.
Duas medidas emergenciais entram em vigor esta semana. Uma delas dá instruções de como os arrozeiros que utilizam a água do rio devem proceder. A outra relembra a população de que a tolerância é zero para o desperdício, sob o risco de racionamento. Todos que forem flagrados esbanjando água serão notificados. Durante 90 dias, está proibido lavar carros e calçadas com mangueiras ou, por exemplo, trocar água de piscinas.
Vamos agir com rigor até o final do verão diz o prefeito Ary Vanazzi.
Nas lavouras de arroz, é acordo comum entre agricultores e autoridades que, a cada vez que o nível chegar a 50 centímetros na estação de captação de água do Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae), todos devem interromper a captação por 48 horas. Desde terça-feira, o acordo está sendo seguido à risca. Naquele dia, o nível do rio chegou a 45 centímetros. Após a chuva, na quarta-feira, subiu a 70 centímetros, mas ontem já voltou a 45 centímetros novamente.
É nas margens do Rio dos Sinos, em Sapiranga, que está localizada a lavoura de arroz de Euclides Nicoleti, 66 anos. Ali, toda a produção depende de muita água para dar uma boa colheita. Ficar 48 horas sem captar água do rio, como manda o acordo, não sacrifica tanto a lavoura, garante o arrozeiro. O problema, indica Nicoleti, é por quanto tempo a situação pode se prolongar. Na dúvida, o agricultor se antecipou. Construiu um reservatório que se estende por quase um hectare, mas que ele não pretende usar.
Dois dias não nos trazem prejuízo. Mas, se for o caso de uma seca e ficar 30 dias, aí dá zebra avisa.
Em Ijuí, no Noroeste, houve forte pancada de chuva ontem pela manhã. Em Ibirubá, Guarani das Missões, Santo Antônio das Missões e São Miguel das Missões, apenas uma garoa. Em Santo Ângelo, o vento forte danificou o telhado de quatro casas.