Preço do arroz em supermercados de Mato Grosso deve diminuir
Contudo, o presidente licenciado do Sindicato da Indústria do Arroz (Sindarroz), Joel Gonçalves Filho, não arrisca falar em percentuais de queda no preço. Isso porque a safra é só para o arroz de Mato Grosso. O produto do Rio Grande do Sul, que também é comercializado aqui, não sofrerá alteração.
A partir do próximo mês o preço do arroz nos supermercados deve cair um pouco. O motivo é a entrada do período de safra. A colheita do grão começa no fim de janeiro e em fevereiro já devem aparecer os reflexos comuns da época.
Contudo, o presidente licenciado do Sindicato da Indústria do Arroz (Sindarroz), Joel Gonçalves Filho, não arrisca falar em percentuais de queda no preço. Isso porque a safra é só para o arroz de Mato Grosso. O produto do Rio Grande do Sul, que também é comercializado aqui, não sofrerá alteração. A safra naquele Estado só acontece em abril. Além disso, este ano há várias implicações que não permitem uma visualização exata do mercado.
Se por um lado a informação é boa para o consumidor, para a indústria nem tanto. Em 2008 a indústria mato-grossense de arroz teve problema de lucratividade e a situação deve perdurar em 2009. Tudo por conta da valorização do grão. De junho para cá, segundo Gonçalves Filho, o valor da saca do arroz teve uma valorização e seguiu em alta. A indústria não critica.
O empresário, que é proprietário das marcas Tio Ico e Tio Bonini, destaca que era mesmo necessária essa valorização até como forma de incentivar o produtor a continuar na atividade. O Estado, que já chegou a produzir 2 milhões de toneladas do grão, teve uma safra 07/08 de 683,4 mil/t. O baixo preço desanimou os rizicultores.
O problema é que com preço alto da saca aqui, a indústria local perde competitividade com o arroz do Sul. O valor praticado nas gôndolas em Mato Grosso precisa ser menor que dos produtos sulistas. E no ano passado houve período em que a diferença era mínima de um para o outro.
Gonçalves Filho destaca que ao mesmo em que se espera uma queda no preço por conta da entrada da safra, com excesso de oferta, o movimento pode não ser tão significativo porque deve haver queda da produção em Santa Catarina e no Rio Grande de Sul, devido às condições climáticas desfavoráveis com muita chuva. Se realmente houver queda, o arroz fica mais caro lá e o mercado nacional passa a buscar arroz em Mato Grosso. E com aquecimento das vendas não há como cair o preço da saca e nem para o consumidor.
Mato Grosso consome atualmente 200 mil toneladas de arroz. O restante, mais de 400 mil toneladas, vai para outros estados do Centro-Oeste e parte da região Norte do país. Por isso, de acordo com o presidente licenciado do Sindarroz, o próprio mercado impede uma queda grande no preço.