Chuvas voltam a castigar o agronegócio de Santa Catarina
No caso da rizicultura, as lavouras de Forquilhinha, Nova Veneza e Turvo foram uma das que mais ficaram submersas. Em Nova Veneza, dos 7,6 mil hectares cultivados, 500 hectares de arroz, localizados em comunidades como São Bonifácio, Araçá e Sanga Curta ficaram até por 18 horas encobertos pela água.
As atividades agropecuárias foram afetadas com as fortes chuvas. Em Forquilhinha e Nova Veneza, especialmente a criação de aves e a rizicultura tiveram problemas. Ainda não há dados oficiais sobre as perdas, mas sabe-se que em Forquilhinha, alguns aviários foram prejudicados. Em um deles, cerca de 20 mil frangos morreram.
No caso da rizicultura, as lavouras de Forquilhinha, Nova Veneza e Turvo foram uma das que mais ficaram submersas. Em Nova Veneza, dos 7,6 mil hectares cultivados, 500 hectares de arroz, localizados em comunidades como São Bonifácio, Araçá e Sanga Curta ficaram até por 18 horas encobertos pela água.
Segundo Donato Lucietti, engenheiro agrônomo da Epagri de Nova Veneza, até hoje, as águas já devem ter baixado em todas as lavouras. Quatrocentos hectares das áreas que ficaram submersas não devem ser tão afetadas, já que nesses terrenos, o arroz ainda estaria na primeira fase, o crescimento vegetativo.
Lucietti explica que a etapa da floração (que pertence à segunda fase do processo de desenvolvimento do arroz, chamada de fase reprodutiva) é a etapa mais complicada para o arroz ficar submerso. Nessa etapa, estariam 100 hectares de arroz.
– Não há como saber o valor do prejuízo, mas o arroz que estiver na etapa da floração e ficar coberto de água, tem quebra na produção. Se antes iria produzir 160 sacos por hectare, agora vai chegar ao máximo nos 110 sacos por hectare – explica.
Em Turvo, outro grande produtor de arroz da região, dos 9,6 mil hectares, cerca de 20% ficou embaixo dágua. Marcos Rosso, engenheiro agrônomo da Epagri de Turvo, explica que devido ao fato de os agricultores do município geralmente semearem o arroz mais tarde, nesse período de chuvas, a planta está com no máximo 100 dias e ainda na fase de crescimento vegetativo.
– Se a enchente tivesse sido daqui a 30 dias, iria comprometer muito mais a produção – diz.
No caso do milho, Marcos diz que a cultura não deve ter prejuízos, já que o grão está na fase de maturação e a água não subiu demais.