Estoques finais da safra 2008/2009 são elevados pela Conab

Ainda assim, caso sejam confirmados, esses estoques finais são equivalente a apenas 32 dias de consumo doméstico.

A Conab parece ter ignorado as quebras em importantes áreas produtoras de Santa Catarina e, em menor grau, no Rio Grande do Sul, e ajustou para cima a estimativa da produção da safra brasileira de arroz 2008/2009. Segundo o resultado do 5º Levantamento da Safra 2008/2009, a área plantada indica ligeiro incremento na ordem de 0,8% em relação à safra 2007/2008, passando de 2,875 milhões de hectares, para 2,899 milhões de hectares.

Segundo a Conab, apesar da estiagem que atingiu as lavouras, os produtores rurais esperam aumento médio na produtividade, em nível Brasil, de 1,6% para a próxima safra, passando de 4.195 para 4.262 Kg por hectare. Os maiores aumentos deverão ocorrer nas Regiões Norte e Sudeste, em torno de 5,1% e 4,2%. Os aumentos de produtividade nas Regiões Centro-Oeste e Sul deverão ser de 1,7% e 0,3%, respectivamente.

Segundo a Conab, com o bom desempenho de produtividade nas principais regiões produtoras, o Brasil deverá colher 12,357 milhões de toneladas de arroz na safra 2008/2009, representando um aumento de 2,5% em relação ao volume produzido na safra passada.

No levantamento anterior, ainda sem contabilizar as perdas na Região Sul, a Conab havia projetado a produção de arroz da safra 2008/2009 em 12,177 milhões de toneladas. Com a nova estimativa de produção de arroz, de 12,357 milhões de toneladas na safra 2008/2009, somada aos estoques iniciais de 1,082 milhão de toneladas e importações projetadas pela Conab em 1 milhão de toneladas, o suprimento total atingiria 14,439 milhões de toneladas.

Descontando da oferta total estimada em 14,439 milhões de toneladas, um consumo interno de 12,9 milhões de toneladas e exportações estimadas pela Conab em apenas 400 mil toneladas (base casca), os estoques finais da safra 2008/2009 foram revisados para cima, subindo para 1,139 milhão de toneladas (contra 959,3 mil toneladas estimadas em janeiro passado pela Conab). Ainda assim, caso sejam confirmados, esses estoques finais são equivalente a apenas 32 dias de consumo doméstico.

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