Rastreabilidade alimentar

O PIA – Projeto de Arroz Irrigado vai premiar os produtores de aderirem às “Boas Práticas Agrícolas” com um selo de identificação visual.

A cultura do arroz, em especial a do arroz irrigado, ocupa um lugar de destaque na economia agrícola brasileira. Uma das metas do agronegócio está focado nas exportações dos grãos. O PIA – projeto de Arroz Irrigado vai premiar os produtores de aderirem às “Boas Práticas Agrícolas” com um selo de identificação visual. O consumidor vai poder identificar quais produtores estão preocupados em produzir com responsabilidade. O selo será um aval para futuros negócios e também para agregar preços.

Projeto de Produção Integrada de Arroz Irrigado no Brasil tem como principal objetivo monitorar os processos da cadeia produtiva. Projeto quer saber o que acontece com o arroz desde a compra da semente, até o momento que o cereal chega à mesa do consumidor. O projeto se baseia em preceitos de sustentabilidade sócio-ambiental e em normas de qualidade. Dentre estas, a implementação de Boas Práticas Agrícolas deverá subsidiar o Mapa – Ministério da Agricultura e Meio Ambiente na regulamentação de critérios e de procedimentos formais para a implantação do Cadastro Nacional de Produtores, dentro do regime de produção integrada de grãos.

O controle de riscos associados aos recursos naturais como a água, o solo, clima e biodiversidade, relacionados aos grãos e à saúde do trabalhador, possibilitará a certificação do arroz, a implantação de rastreabilidade para o produto. O passo seguinte é a distribuição de um Selo de Conformidade do grão, contendo uma logomarca PIA do Brasil, que será fiscalizado pelo Mapa e pelo Inmetro.

Comitê do arroz implanta projetopiloto no AV

O Comitê do arroz que está coordenando o projeto Pia no Alto Vale está trabalhando com sete propriedades piloto em seis municípios da região. Em Rio do Oeste, o projeto está sendo implantado na propriedade de Acyr José Moratelli. As outras propriedades escolhidas foram a de Adari José Vavassori em Rio do Campo, Valmor L. Gonzaga em Pouso Redondo, Walmor Santos Filhos e Osmar Cattoni em Agronômica, Orides Stedille em Rio do Sul. No dia da entrevista com o engenheiro agrônomo da Epagri de Taió Edemar Eichstädt, ainda não havia sido definido qual seria a propriedade escolhida em Agrolândia.

Segundo Edemar em Taió o projeto está sendo implantado na propriedade de Sérgio Valentini em Taió. Para se adequar ao projeto a propriedade precisa passar por pequenas adaptações. Para que as propriedades possam receber o selo de certificação elas precisam desenvolver ações de curto, médio e longo prazo.

Entre as ações necessárias, o produtor precisa estar inscrito no cadastro de usuários de águas, dar a destinação correta ao lixo e efluentes na propriedade, recuperação de mata ciliar, utilizar somente agroquímicos recomendados pela pesquisa, reter a água durante 30 dias após a aplicação dos agroquímicos e o principal: Preencher a caderneta de campo.

Na caderneta além da identificação do proprietário e do responsável técnico, o produtor v ai informar sobre o sistema de produção, área cultivada, densidade da semeadura, datas de plantio e colheita, acompanhamento da fertilidade do solo, adubação, uso e manejo da água, monitoramento de insetos, ambiental, de plantas daninhas e tudo o que pode imaginar de cuidados com a semeadura plantio, colheita e meio ambiente.

A intenção do Ministério é valorizar o produtor que consegue ao mesmo tempo produzir com qualidade com o menor impacto ambiental possível. Primeiro a rastreabilidade animal com a brincagem, agora o arroz, e dentro de pouco tempo segundo Edemar essas exigências serão aplicadas a todos os produtos agrícolas e agropecuários.

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