Arroz transgênico enfrenta resistência para ser liberado

Uma fonte do governo garantiu que não se trata de uma preocupação com a saúde humana e sim puramente comercial, porque pode acarretar a perda do mercado internacional para o Brasil, devido a resistência ao produto transgênico.

A liberação do plantio e comercialização do arroz resistente ao glufosinato, produzido pela Bayer, deverá demorar bastante tempo a julgar-se pela resistência demonstrada nesta quarta-feira (18/03), pelos participantes da audiência pública que discutiu a questão, no auditório Freitas Nobre, do Congresso Nacional. A ponderação geral foi pela cautela na liberação.

Uma fonte do governo garantiu que não se trata de uma preocupação com a saúde humana e sim puramente comercial, porque pode acarretar a perda do mercado internacional para o Brasil, devido a resistência ao produto transgênico.

O próprio presidente da CTNBio – Comissão Técnica Nacional de Biossegurança, Valter Colli, disse que não tinha idéia de quando poderia haver a liberação do produto e que talvez nem ocupasse mais o cargo na entidade quando isso ocorresse. Colli encerra o mandato no final deste ano.

Segundo o coordenador da campanha dos transgênicos no Greenpeace, Rafael Cruz, “os próprios representantes dos arrozeiros informaram que deverão exportar 760 mil toneladas do produto e que a liberação pode por em risco o mercado europeu, por exemplo, que recusa os OGM”.

Segundo Cruz, não é hora do arroz transgênico, e o pedido de liberação comercial deveria ser arquivado pela CTNBio. Ele lembrou do incidente que causou enormes prejuízos aos arrozeiros dos Estados Unidos, em 2006, quando houve contaminação por glufosinato e os consumidores rejeitaram o produto.

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