Greenpeace começa campanha europeia contra arroz LL62 no Luxemburgo
A campanha dirige-se contra o grupo farmacêutico alemão Bayer que produz este OGM (organismo geneticamente modificado) e visa sensibilizar a Comissão Europeia para que não autorize a comercialização deste produto transgénico, decisão que Bruxelas deverá tomar em Outubro.
A organização ecologista Greenpeace começou no Luxemburgo a sua campanha europeia contra o arroz geneticamente modificado LL62, na sexta-feira.
A campanha dirige-se contra o grupo farmacêutico alemão Bayer que produz este OGM (organismo geneticamente modificado) e visa sensibilizar a Comissão Europeia para que não autorize a comercialização deste produto transgénico, decisão que Bruxelas deverá tomar em Outubro.
A campanha foi lançada através da projecção de três filmes nas muralhas do Bock desde o adro da Abadia de Neumünster, no Grund, na capital, sexta-feira à noite.
A Bayer argumenta que o arroz OGM LL62 resiste ao pesticida glufosinate, produto que o grupo alemão também fabrica.
A lógica da empresa alemã é a seguinte: comercializar os dois produtos juntos, o que vai possibilitar a um agricultor dizimar as ervas daninhas que aparecerem junto às plantações deste arroz sem que o LL62 seja afectado pelo pesticida, o que, por consequência, aumentará a produção.
A Greenpeace contra-argumenta que o dito pesticida contém elevados níveis de toxicidade, ao ponto que a nova regulamentação europeia 2009 em matéria de pesticidas prevê a sua retirada do mercado.
A organização ecologista diz ainda que este tipo de comportamentos produtivos na agricultura só levarão ao uso de mais e mais pesticidas, já que muitas espécies de ervas daninhas têm vindo a adaptar-se aos pesticidas utilizados, o que só leva à criação de novos químicos.
Ao começar esta campanha europeia no Grão-Ducado, a Greenpeace sabe que “está a pregar junto de convertidos”, já que o ministro da Saúde luxemburguês, Mars di Bartolomeo, já se pronunciou contra o arroz LL62.
Além disso, a maioria das cadeias de supermercados instalados no país já declararam não desejar vender produtos OGM, em geral. Esta decisão dos supermercados deve-se, e a Greenpeace sabe-o também, ao facto de a população do Luxemburgo continuar a ser maioritariamente avessa aos OGMs