Produtores de arroz protestam contra preços em Portugal

Agricultores portugueses exigem estrada de acesso aos secadores em Alcácer.

Cerca de quatro dezenas de agricultores protestaram hoje junto à Câmara Municipal de Alcácer do Sal contra os preços baixos pagos pelo arroz aos produtores e exigiram uma estrada de acesso aos secadores daquele cereal naquela região.

Os produtores de arroz concentraram-se em protesto com tractores e carrinhas agrícolas junto à câmara de Alcácer porque “não há um preço fixo de intervenção para o arroz, ao contrário do que tem acontecido em anos anteriores”, explicou à agência Lusa Custódio Baptista, um dos agricultores presentes no protesto.

A inexistência de um preço fixo de pagamento ao agricultor para o arroz “coloca em causa a sobrevivência de centenas de produtores”, referiu, lamentando que “o Governo não tivesse ainda correspondido aos anseios dos agricultores” da região.

Os produtores “estão a concorrer com o arroz proveniente de países asiáticos e não sabem se têm ou não certificado de qualidade”, acrescentou Custódio Baptista, em frente à Câmara Municipal de Alcácer do Sal.

Além da reivindicação de um preço de intervenção, os agricultores da região de Alcácer reclamam também a pavimentação de uma estrada e a melhoria dos acessos aos secadores de arroz, tal como lhes terá sido prometido, em 2008, pelo actual presidente da câmara, Carlos Paredes (PS), disse Custódio Baptista.

– Foi prometido que a estrada seria pavimentada mas existiu um problema qualquer com o empreiteiro da obra e o acesso, apesar de transitável, ainda não tem pavimento, o que traz alguns problemas assim que chove – acrescentou.

Custódio Batista salientou ainda que o protesto dos agricultores nada tem a ver com o actual momento político e com a proximidade das eleições legislativas e autárquicas, referindo que os agricultores “querem apenas assegurar condições para exercer a sua actividade”.

Segundo a Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal, em 2008, o valor pago ao agricultor era de 40 cêntimos por quilograma, mas os produtores receiam que este ano seja muito mais baixo.

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