Empresa de processamento de arroz defende valorização do produto local

O arroz é um produto indispensável na dieta alimentar.

Os gestores da Moçfer-MIA, uma unidade industrial virada para o processamento de arroz, consideram ser urgente que o governo crie mecanismos financeiros que permitam que a comercialização daquele cereal seja mais competitiva, em relação ao arroz importado. Para tal, sugerem que se avance na criação de incentivos que permitam que o agricultor possa produzir em grande escala, uma medida que deverá durar até que se atinjam níveis de produtividade e padrões de escala internacional.

Com um plano global de 3.500 hectares, a empresa MIA, no Chókwè, definiu como estratégia para a alimentação da sua unidade industrial de processamento de arroz, fazer parcerias com os sectores familiar, cooperativo e privado, tendo celebrado contratos com um total de 210 agricultores. Os referidos produtores receberam na sequência de acordos firmados com a empresa, apoio técnico prestado por agrónomos, para além de assistência na preparação de terras.

“Nós estamos satisfeitos com esta parceria, a MIA tem excelentes relações com os agricultores, e temos recebido um grande apoio por parte das entidades reguladoras do sistema de regadio no Chókwè. A dificuldade maior que encaramos no início da presente campanha de produção de arroz, prende-se com a organização de áreas de produção disponibilizadas”, disse um agricultou local abrangido pelo sistema de apoios da companhia.
No entanto António Marques, director geral da Moçfer-MIA, explicou que foi necessário estabelecer áreas mínimas de exploração, para tornar o trabalho dos agricultores mais efectivo e, para o efeito, houve uma grande colaboração e apoio por parte da HICEP, empresa gestora do regadio de Chókwè.

António Marques indicou que se tratou de um trabalho conjunto que felizmente surtiu resultados positivos. Contudo, a apreciação que se pode fazer em relação ao processo de comercialização do arroz produzido localmente, pelo facto de, no país, os intervenientes terem que competir com o inundado mercado de arroz importado. Segundo Marques, estando o país numa fase de relançamento da produção de arroz, os níveis de competitividade não podem, obviamente, ser comparados com os de países que fazem esta cultura há mais de um século, daí que o valor de compra não seja ainda atractivo para o produtor.

1 Comentário

  • pretendo obter informações sobre o arroz, como beneficiamento,onde encontra maior oferta .pretendo começar um empreendimento atuando na área (comercio) de cereais e maior números de informação é muito importante.

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