Federarroz debate comercialização e safra com o ministro Rossi

O presidente da Federação das Associações dos Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Renato Rocha, se reunirá na manhã desta terça-feira, em Brasília, com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi. Rocha espera receber boas notícias sobre medidas de socorro aos produtores atingidos por enchentes, a elevação da TEC e os mecanismos de comercialização do arroz.

O presidente da Federação das Associações dos Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Renato Rocha, se reunirá na manhã desta terça-feira, em Brasília, com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi. Rocha espera receber boas notícias sobre medidas de socorro aos produtores atingidos por enchentes, a elevação da TEC e os mecanismos de comercialização do arroz. Rocha vai ao encontro acompanhado de Ademar Kochenborger, presidente da União Central de Rizicultores (UCR), de Cachoeira do Sul (RS) e do superintendente da Regional Centro do Sicredi, Roberto Vargas, que apresentará as medidas do Sistema de Crédito Cooperativo em auxílio aos produtores atingidos pelas enxurradas provocadas pelo fenômeno “El Niño”.

Também acompanharão o encontro o presidente da Câmara Setorial do Arroz, Francisco Schardong, e o presidente do Irga, Maurício Fischer, entre outras lideranças. A expectativa do setor é para o anúncio da liberação de recursos e programação dos leilões de contratos de opções para a sustentação de preços internos, hoje abaixo do mínimo garantido pelo governo federal: R$ 25,80 a saca. “Diante da realidade do mercado, não há razão para o governo federal adiar os mecanismos”, afirma. Rocha propõe a realização dos leilões já na primeira semana de julho.

Com os mecanismos em ação, os produtores têm a opção de segurar a oferta de arroz no mercado e equalizar preços. Se o mercado não reagir acima do preço mínimo, têm a opção de vender para o governo. Além de contratos de opção, o setor está pedindo a contratação de AGFs. A transferência do vencimento da primeira parcela de custeio de julho para outubro, já ajudou a reduzir a pressão de oferta.

Outra demanda do setor é a elevação de 12% para 30% da Tarifa Externa Comum (TEC), de forma a restringir a entrada de arroz de terceiros mercados (extra Mercosul) no Brasil. O setor parte do princípio de que há cereal suficiente no bloco econômico para assegurar o abastecimento nacional e a entrada de arroz de outros mercados afetaria ainda mais drasticamente as cotações internas, provocando mais um sério prejuízo ao setor produtivo.

PRODUSA – Por fim, os representantes dos arrozeiros apresentarão seus argumentos para que o Programa de Estímulo à Produção Agrícola Sustentável (Produsa), do BNDES, que deverá ser usado em socorro aos agricultores que tiveram perdas pelas enchentes na safra passada, seja adequado à realidade do setor. O maior problema, segundo Renato Rocha, está nas garantias exigidas. “Hoje o arrozeiro precisa oferecer garantias para o risco da operação, mas muitos perderam tudo. Além disso, dando essas garantias, o produtor não terá como garantir o custeio da safra e plantar. Além disso, muitos já têm as garantias comprometidas com prorrogações, Pesa e Securitização. Esse é o maior impasse”, diz Rocha.

O pedido é de que o governo federal assuma as garantias e encaminhe os recursos não do sistema financeiro, mas do Tesouro Nacional. O segmento pede ainda que o limite da linha de financiamento passe dos R$ 400 mil propostos para R$ 600 mil. Hoje a proposta é de pagamento em oito anos, com 2 anos de carência e a Federarroz pede que a esse sistema seja agregado um rebate de 50% para as parcelas pagas até o vencimento.

Além da reunião com o ministro Rossi e técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), dirigentes arrozeiros se encontrarão com técnicos do Ministério da Fazenda para buscar, tecnicamente, a viabilidade dessas operações o mais rápido possível.

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