Federarroz apresenta reivindicações ao presidente Lula
O presidente da República acompanhou atentamente as demandas constantes no documento apresentado, e ficou surpreso quando Rocha disse que tinha ido 16 vezes a Brasília, de dezembro passado até julho de 2010, sem resultados prático.
Esperança! Esse é o sentimento nutrido pelos arrozeiros do Rio Grande do Sul, depois que o presidente da Federarroz, Renato Caiaffo da Rocha, esteve reunido com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quinta-feira (29/07), em Porto Alegre. O encontro foi oportunizado pelo candidato Tarso Genro. O presidente da Federação expôs ao mandatário brasileiro que o estado representa 2/3 da produção e do abastecimento nacional, que a safra atual quebrou 15% pelas adversidades climáticas e que o preço ao produtor estava abaixo do custo de produção, e já esteve abaixo do mínimo, situação que retira a renda do produtores e impossibilita o atendimento dos compromissos que estão vencendo. Após, entregou o documento com as demandas urgentes do setor. “Foi um encontro importante, pois tivemos a oportunidade de sentar ao lado do presidente e obter toda a atenção dele para o assunto”, revelou o dirigente, que esteve acompanhado de Daire Coutinho, vice-presidente da Federarroz, na Planície Costeira Interna.
O presidente da República acompanhou atentamente as demandas constantes no documento apresentado, e ficou surpreso quando Rocha disse que tinha ido 16 vezes a Brasília, de dezembro passado até julho de 2010, sem resultados práticos. Lula afirmou que na próxima segunda-feira se reunirá com os Ministros da Fazenda, Guido Mantega, da Agricultura, Wagner Rossi e do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, para tratar das demandas apresentadas e que os ministérios retornarão ou ele mesmo dará retorno sobre o assunto ao presidente da Federarroz. “O posicionamento do presidente nos devolve a esperança, depois de oito meses tentando alguma resposta dos técnicos desses ministérios e do próprio ministro da Agricultura”, reconhece Renato Rocha.
Ao final, Rocha pediu ao presidente Lula correções e ajustes na atual Política Agrícola para o setor arrozeiro, pois da forma como está, não proporciona a sustentabilidade econômica aos produtores. Enfatizou que tais sugestões estão todas no MAPA, e que devem ser consideradas pelo Governo.
Além de Tarso Genro, também estavam presentes no encontro o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, a candidata Dilma Roussef, o senador Paulo Paim, entre outros.
As demandas do setor arrozeiro entregues ao presidente Lula:
1. Liberação imediata de 350 milhões para Contratos de Opções Públicas, com volume de 500 mil/toneladas de arroz para apoio à comercialização do RS e SC, nos mesmos moldes lançados na safra 2008/2009;
2. Prorrogação dos investimentos 2010, bem como dos custeios e investimentos prorrogados, vencidos e a vencer, passando a parcela de 2010 para um ano após o vencimento do contrato ou distribuída nas demais;
3. Liberação de 80 milhões para Prêmio de Risco para aquisição de Contrato Privado de Opção de Venda – PROP;
4. Ajustes no Programa de Estímulo a Produção Agropecuária Sustentável PRODUSA, do BNDES, destinado aos produtores de arroz com perdas climáticas na safra 2009/2010;
5. Elevação da Tarifa Externa Comum – TEC, de 12% para 30%, para países fora do MERCOSUL, posição acordada e formalizada pelo Setor Produtivo do MERCOSUL.
3 Comentários
Tudo indica que agora a situaçaõ vai melhorar, se o Lula naõ resolver
será o fimk, ninguem mais resolve.
Vamos torcer parav dar tudo certo..
Victor Hugo..
Prorrogações,emprestimos…. so servem para endividar o setor por mais 2,3… anos, vejo poucas alternativas como aumentra a tec (30%), e desonerar o setor retirando os impostos de insumos e maquinas, ai seriamos competitivos e mesmo com tais preços teriamos lucro.Trabalho duro na atividade e não quero ter que recorer ao governo ano que vem para novamente negociar as dividas, quero REMEDIO NÃO PALEATIVOS senhor Rocha.
Ta e a tabela ilegal? Foi esquecida? Do que adiantou nos deslocarmos do interior até a capital para reivindicar um direito nosso? A tabela oficial do Ministério da Agricultura não esta sendo respeitada, doque adianta conseguirmos o preço tão sonhado de R$30,00 e quando formos entregarmos o produto recebermos R$26,00? Cada vez mais o caminho pra este problema esta indo pro lado jurídico com os custos pagos po nós…
Um problema tão grave como este não sei como esta sendo tão pouco comentado, o preço de mercado do arroz esta completamente mascarado, dependendo da indútria chega a passar de 10% os descontos, o nosso governo omisso consulta no mercado pra largar mecanismos de sustentação e verifica o preço de R$27,00 acha que esta acima do mínimo quando que na verdade estamos recebendo R$24,30, foi mais uma bela forma da industria tirar o governo da jogada, e ainda tem gente que acha que a industria é pareceira do produtor, hahaha…