Cesta básica fica R$ 5,91 mais barata

O engenheiro agrônomo da Craisa, Fábio Vezzá Benedetto, afirma que a queda no preço do arroz branco nesta época do ano é novidade, uma vez que o grão normalmente começa a registrar alta neste período.

A cesta básica do consumidor do Grande ABC ficou R$ 5,91 mais barata na semana passada. A queda nos preços do arroz e da cebola, que registraram os índices mais baixos do ano, foi fundamental para a redução do custo total. O levantamento da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) aponta ainda que, depois dos valores altos do início do ano, os produtos de hortifruti (frutas, legumes e verduras) começam a dar sinais de desaceleração, com preços até 4,77% menores.

O engenheiro agrônomo da Craisa, Fábio Vezzá Benedetto, afirma que a queda no preço do arroz branco nesta época do ano é novidade, uma vez que o grão normalmente começa a registrar alta neste período. "Ele é colhido no começo do ano e, quando chega esta época, os estoques menores causam valorização do preço. O que não aconteceu até agora", explica.

Para Benedetto, a situação mostra que o consumidor da região começa a diversificar as compras, optando por levar menos sacos do grão comum para casa. "As pessoas têm usado mais arroz parbolizado, mistura de risoto em saquinho e têm optado mais por lanches. Isso diminuiu um pouco o consumo de arroz branco no mercado", aponta.

Para o professor de Economia da Escola de Negócios da USCS (Universidade de São Caetano), Radamés Barone, o aumento da renda da população pode ter causado um ato chamado "bem de consumo saciado", que é a mudança nos hábitos do consumidor. "A renda aumenta, principalmente classes C, D e E. É só uma hipótese, mas isso faz com que esse grupo passe a optar por tipos mais sofisticados de alimentos e causa equilíbrio nos preços. Não adianta aumentar o preço porque a demanda caiu", avalia.

Vilões – Um dos grandes vilões do bolso do consumidor em 2010, o feijão, ainda não conseguiu alcançar o preço do início do ano. O saco do grão que chegou a custar R$ 5, sai hoje por R$ 3. "Em janeiro, custava R$ 2, mas é difícil que se recupere esse valor. Houve muita oferta em 2009 e os preços caíram muito. Com isso, os produtores não plantaram feijão neste ano, o que causou a pouca oferta e o aumento dos valores", diz Benedetto.

O tomate, que também chegou a custar R$ 7 o quilo por conta das constantes chuvas dos primeiros meses do ano, ainda está alto nos supermercados, custando em média R$ 5,75 o quilo nesta semana. Para evitar sustos, o jeito é a dona de casa pesquisar muito antes de comprar, recomenda o engenheiro.

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