Começa a safra de arroz no Rio Grande do Sul

 Começa a safra de arroz no Rio Grande do Sul

Autoridades abrem a safra gaúcha de arroz 2010/11

O clima, a dimensão da próxima safra e o cenário mercadológico atual e futuro foram os temas que concentraram as discussões.

Em solenidade com cerca de 300 pessoas ligadas ao setor, foi aberto oficialmente na manhã deste sábado (9/10) o plantio da safra de arroz do Rio Grande do Sul, no município de Camaquã. O evento, promovido pela Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) e a Associação dos Arrozeiros de Camaquã, marca o início dos preparativos para a 21ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz, que acontecerá entre 24 e 26 de fevereiro de 2011. Autoridades setoriais e políticas do estado e da região tripularam a plantadeira que semeou, simbolicamente, as primeiras sementes da lavoura oficial do arroz, no Parque do Sindicato Rural de Camaquã.

O clima, a dimensão da próxima safra e o cenário mercadológico atual e futuro foram os temas que concentraram as discussões. O presidente da Federarroz, Renato Rocha, anunciou a expectativa da entidade para a próxima safra, com 1,11 milhões de hectares cultivados e 7,4 milhões de toneladas de produção. Os números divergem dos levantamentos preliminares da Conab e do Irga, mas Rocha explicou que a projeção esta conectada a realidade econômica da atividade vivenciada pelos produtores. “No momento este é o cenário que diagnosticamos em consulta junto aos arrozeiros. Sem renda e vendendo arroz a preços ainda mais baixos que no ano passado, mesmo na entressafra e com quebra no último ciclo, é temerário que outros segmentos da cadeia produtiva superdimensionem a próxima safra”, afirmou.

O diretor de comunicação da MetSul Meteorologia, Alexandre Aguiar, reforçou essa posição em sua palestra sobre as perspectivas climáticas para a safra 2010/11. Segundo ele, apesar dos indicativos da ocorrência de La Niña de alta intensidade, e da boa situação dos mananciais hídricos gaúchos, podem ocorrer fenômenos climáticos isolados com perdas importantes e localizadas na lavoura, como enchentes e fortes oscilações de temperaturas, principalmente nas regiões Sul e Campanha.

Renato Rocha convocou arrozeiros, lideranças setoriais e políticas, a governadora Yeda Crusius e o governador eleito, Tarso Genro, a se somarem numa “Frente em Prol do Setor Orizícola Gaúcho” retomando as incursões a Brasília e pressionando o governo federal para a liberação dos recursos e mecanismos de comercialização para a atual safra e provisão para a próxima. “A presença do governo é vital para esse momento do mercado”, assegurou Renato Rocha. Nos próximos dias a cadeia produtiva deverá se reunir com o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, para apresentar suas demandas e o cenário de mercado.

Embora o governo federal garanta preços mínimos de R$ 25,80 para a saca de 50 quilos de arroz aos arrozeiros do Rio Grande do Sul, a Conab já reconhece cotações abaixo desse patamar. Uma pesquisa da Federarroz realizada na última semana, em 33 praças gaúchas, indicou média de remuneração líquida ao produtor de R$ 25,41. “Esperamos que, diante deste quadro, o Ministério da Agricultura seja sensível aos apelos do setor e garanta a dignidade ao mercado tanto no atual ano agrícola, quanto no próximo. O mercado precisa de referências e suporte”, avisou.

Pleitos Federais:

• Liberação de recursos/mecanismos de Comercialização: Contratos de Opções, PAA, PEP e PROP (Exportação);

• Liberação do PRODUSA;

• Elevação da TEC;

• Adiamento Securitização/PESA;

• Desoneração custos (diesel, insumos, exportações);

• Medida compensatória p/ o câmbio.

Mecanismos de sustentação para a Safra 2010/2011:

• EGF – 700 milhões de reais;

• CONTRATOS OPÇÕES – 500 milhões de reais;

• PROP – 100 milhões de reais;

• PEP – 100 milhões de reais;

• PAA – 50 milhões de reais;

• AGF – 50 milhões de reais.

• Total: 1,5 bilhão de reais, equivalente a 50% da produção Gaúcha.

Proposta de formação de Frente em Prol do Setor Arrozeiro:

• Bancada Gaúcha;

• Bancada Federal (Dep. Federais e Senadores);

• Parlamentares eleitos (estaduais e federais);

• Governadora e Governador eleito;

• Presidência da Assembléia Legislativa;

• Presidência Comissão da Agricultura RS;

• Secretário da Agricultura;

• Dirigentes da Federarroz, Farsul e IRGA.

 

Fonte: Federarroz

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