Plano de ação

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Schardong: fortalecimento da cadeia produtiva do arroz

Cadeia produtiva do arroz define agenda estratégica para os próximos cinco anos
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Representantes da cadeia produtiva do arroz reunidos em Brasília (DF) no dia 13 de julho definiram uma agenda estratégica para os próximos cinco anos, que servirá de suporte para políticas públicas e privadas direcionadas ao setor. O documento traz diretrizes para a produção, levantamentos de safra, defesa sanitária, comercialização e até oferta de crédito (ver quadro).

“Todos os temas pertinentes à cadeia do cereal foram contemplados na agenda. O que nós queremos é trabalhar com tranquilidade. Não queremos ser um extintor, que toda semana tem que estar apagando incêndio. Queremos é que a cadeia se fortaleça, trabalhe com tranquilidade e vá ao encontro dos anseios do governo de cada vez mais produzir e colocar alimento na mesa do brasileiro”, afirmou o presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Arroz, Francisco Schardong.

Segundo o coordenador-geral de apoio às câmaras setoriais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Aguinaldo Lima, representantes do governo, da indústria e dos produtores acertaram um roteiro para o setor, englobando gargalos e oportunidades, com definição das metas até 2015. “Essa agenda estratégica contempla 10 pontos e vai organizar todas as discussões pertinentes à cadeia, que vão desde defesa agropecuária, estatística e marketing até governança da cadeia e legislação”, explicou.

Assistência técnica, gestão da qualidade do produto, crédito e seguro, comercialização e pesquisa foram outros temas tratados durante o encontro. Os membros da câmara criaram comitês e grupos de trabalho para encaminhar as questões propostas. A previsão é de que na próxima reunião sejam deliberadas as atividades prioritárias ao setor.

Aguinaldo Lima destacou ainda que o plano de trabalho atende aos tipos de cultivo do arroz, como sequeiro e irrigado, e suas regiões produtoras. “Tomamos o cuidado de discutir medidas de apoio de acordo com as características de cada cultura. Além disso, conseguimos dar evidência ao aspecto regional, de forma a entender que o bom andamento da cadeia do arroz é benéfico para todos”, destacou.

As propostas de agenda estratégica para os próximos cinco anos estão sendo consolidadas pelas 25 câmaras setoriais sob a coordenação do Mapa e até o final de agosto serão entregues ao ministro Wagner Rossi.

 

Questões emergenciais
Além de discutir estratégias para o futuro, os agricultores gaúchos, principais produtores de arroz no Brasil, aproveitaram a oportunidade para cobrar do governo a solução de questões emergenciais, como o apoio à comercialização de 500 mil toneladas, a elevação da Tarifa Externa Comum (TEC) para o arroz importado e o ajustamento da linha de crédito criada para socorrer os arrozeiros que tiveram prejuízos com as chuvas.

Os produtores argumentam que não estão conseguindo arcar com as dívidas assumidas desde o plantio. “Não é possível o produtor arcar com todo esse custo: o prejuízo do clima, a desvalorização do produto pela classificação e também agora pelo mercado. Não tem preço compatível para honrar todos esses compromissos”, ressaltou o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Renato Rocha.

O Mapa informou que monitora a situação no estado e que o valor do arroz ainda não está abaixo do preço mínimo, apenas em casos isolados. Em maio o ministério publicou uma portaria autorizando a utilização de instrumentos de apoio à comercialização, mas eles somente serão acionados se os preços caírem mais.

 

PROPOSTA DE AGENDA ESTRATÉGICA DO ARROZ

FONTE: Câmara Setorial do Arroz – 2010 – *PD&I: pesquisa, desenvolvimento e inovação

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