Eleição para presidente movimenta o Irga
Cadeia produtiva escolherá o dirigente máximo do Irga pela primeira vez em 70 anos. Cargo, até agora, era da confiança do governador gaúcho.
Passaram-se 70 anos desde a criação do Instituto Rio-Grandense do Arroz para que os arrozeiros gaúchos ganhassem o direito de escolher o presidente da instituição, mantida com recursos da lavoura, mas sob a tutela do governo do Estado. Nesta terça-feira, os arrozeiros do Rio Grande do Sul estão escolhendo por voto indireto (80 conselheiros eleitos pela lavoura participam do processo eleitoral) o novo presidente do IRGA, que substituirá o engenheiro-mecânico Maurício Miguel Fischer. Ele mesmo pode manter-se à frente da entidade, afinal é candidato.
Cinco candidatos disputarão os votos de 80 conselheiros. O atual presidente Maurício Fischer encabeça a lista dos preferenciais do Conselho, acompanhado do atual diretor comercial e industrial do Irga, Rubens Pinho Silveira, do coordenador da área de melhoramento genético da Estação Experimental do Arroz do Irga, Sérgio Iraçú Gindri Lopes, o produtor em Tapes e dirigente setorial Juarez Petry de Souza, e o engenheiro Cláudio Evangelista Tavares, que segundo informação da assessoria de comunicação do Irga, anunciou oficialmente que irá abrir mão da candidatura em favor dos representantes da atual gestão.
A lista tríplice escolhida hoje pelos representantes dos arrozeiros será enviada ao governador do estado para definição. A governadora Yeda Crusius poderá fazer a escolha. Dificilmente ela transferirá a decisão para o governador eleito Tarso Genro, pois a lei que alterou o sistema de indicação do presidente tramitou em regime de urgência durante os meses finais de seu governo.