Comportamento do clima foi aliado na safra 2010/2011, avalia governo

O comportamento do clima, que era uma incógnita no início do cultivo da safra 2010/2011, transformou-se em um aliado que está ajudando no crescimento dos resultados da agricultura nacional.

O comportamento do clima, que era uma incógnita no início do cultivo da safra 2010/2011, transformou-se em um aliado que está ajudando no crescimento dos resultados da agricultura nacional.

Conforme avaliações de equipes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), as condições climáticas têm sido favoráveis e já permitem projetar que o Brasil terá uma nova safra recorde, com produção de grãos de 149,42 milhões de toneladas, uma alta modesta de 0,1% em comparação ao total de 149,20 milhões de toneladas do ano passado. A área plantada saltará de 47,39 milhões de hectares, na safra 2009/2010, para 48,00 milhões de hectares, uma alta de 1,3%.

Os números são do quarto levantamento da safra de grãos da Conab, divulgados na manhã de hoje, em Brasília. Este novo levantamento de safra teve coleta de dados no período de 13 a 17 de dezembro. "O clima tem sido bastante favorável para a nossa safra de grãos", disse o secretário de Política Agrícola do Mapa, Edilson Guimarães.

Ele não desconsidera o problema que a estiagem tem causado principalmente no sul do Rio Grande do Sul. "Mas esse é um problema isolado", afirma, ao ressaltar que no restante das principais regiões produtoras o fluxo de chuvas tem sido bastante favorável. Cauteloso, porém, Guimarães diz que a safra está apenas no começo, havendo várias culturas que precisam se consolidar. "Há também produtos que ainda precisam ser plantados", afirmou.

Conforme a Conab, a maior alta porcentual de produção envolve o algodão, com crescimento de 53,7%. A oferta deverá saltar de 1,19 milhão de toneladas, em 2009/2010, para 1,84 milhão de toneladas, em 2010/2011. A produção de arroz saltará de 11,66 milhões de toneladas, na safra passada, para 12,63 milhões de toneladas, em uma alta de 8,3%.

O superintendente da Conab, Airton Camargo, explicou que apesar de a produção orizícola estar concentrada no Rio Grande do Sul, a falta de chuvas que afeta do Estado não prejudica a cultura do arroz, pois as lavouras são irrigadas.

Guimarães disse que o aumento da oferta de algodão não deprimirá preços, pois as cotações internacionais são bastante boas. "Não será necessário fazer qualquer intervenção", afirma. Quanto ao aumento da oferta de arroz, o secretário de Política Agrícola diz que "o governo vai fazer o que sempre fez, caso o preço caia abaixo do mínimo". Ou seja, o Mapa está monitorando os valores de negociação e está pronto para intervir para dar sustentação aos preços.

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