A crise ensina

Agregar valor é uma ordem num momento em que o arroz está desvalorizado no mercado brasileiro.

Um velho ditado brasileiro diz que “a dor ensina a gemer”. No caso da cadeia produtiva do arroz, poderíamos adaptá-lo para “a crise ajuda a encontrar saídas”. Nesta edição de número 19, a revista Planeta Arroz traz uma série de reportagens que demonstram exatamente isso: que a cadeia produtiva do arroz, em meio a uma das mais sérias crises de comercialização de sua história, não desistiu e busca soluções pela otimização de seus recursos, abertura de novos mercados e, principalmente, pela inovação tecnológica na lavoura, na indústria e em novas alternativas de aproveitamento de seus derivados. 

Na lavoura destacam-se pro-gramas especiais como o Projeto de Alta Produtividade do Rio Grande do Sul, responsável pelo salto de produtividade da lavoura gaúcha. A extraordinária performance das exportações de arroz brasileiro – mesmo diante da supervalorização do real – é mais uma saída importante. E a geração de tecnologias capazes de gerar energia elétrica da casca do arroz ou biodiesel de seus derivados é um passo muito importante de aproximação da ciência das lavouras. Agregar valor é a ordem, num momento em que o produto básico está desvalorizado no mercado interno por questões diversas, que vão desde a micro até a macroeco-nomia. 

Há muito que ajustar, há muito que fazer. Mas a crise foi responsável por muitas ações importantes para que novas portas se abrissem à cultura do arroz. E nas safras de melhores preços ao produtor, essas portas serão tanto ou mais importantes para a valorização do principal cereal da mesa brasileira: o velho e bom arroz.

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