Rotação soja e arroz no MT

 Rotação soja e arroz no MT

Produção de arroz predomina em áreas de abertura no MT

A inserção do arroz no sistema de produção do MT começa a acontecer.

Atualmente, está ocorrendo um novo momento para a cultura do arroz de terras altas. Apesar de ainda persistirem os cultivos em áreas recém-desmatadas do cerrado, preparadas e corrigidas precariamente, o arroz se apresenta como uma alternativa em sistemas agrícolas de rotação com soja. Isso foi possível graças à disponibilidade de novas variedades, com ótima qualidade de grãos e altamente produtivas, quando cultivadas em melhores ambientes de solo, como aqueles destinados ao plantio da leguminosa. 

Porém, há uma ressalva. O arroz de terras altas ainda se comporta melhor em solos preparados, o que, por enquanto, torna-o menos atrativo em sistemas de rotação com soja, pois grande parte dessa cultura no Mato Grosso está cultivada sob plantio direto, técnica que preconiza justamente o não revolvimento da terra para a semeadura. 

Contudo, a rotação soja e arroz de terras altas é uma opção que pode favorecer o agricultor. Via de regra, a rotação tem efeito benéfico, pois melhora a estruturação do solo, com atuação direta sobre o aumento da sua reserva hídrica. 

Fique de olho
A pesquisa vem buscando um melhor ajuste da cultura do arroz no sistema Santa Fé, visando superar as dificuldades do sistema de preparo do solo, algumas delas comuns ao sistema de rotação arroz e soja.

 

Pastagem degradada pede arroz

O arroz ainda tem uma expressiva participação como cultura pioneira em área de fronteira agrícola e, por enquanto, ainda associada a desmatamento. O cerrado brasileiro possui 33 milhões de hectares com pastagens em diferentes estágios de degradação, o que corresponde a 80% da área com pastagens cultivadas (42 milhões de hectares). Os pecuaristas deverão recuperar essas pastagens para manterem-se competitivos dentro da realidade de mercado atual, com a abertura da economia. Considera-se de extrema relevância para o país, utilizar as áreas de cerrado que hoje se encontram sob pastagens degradadas. 

Nesse particular, o plantio do pasto consorciado com arroz no sistema Barreirão tem-se mostrado técnica e economicamente eficiente, como método de reforma de pastagens, oferecendo uma capacidade de suporte animal muito superior e, simultaneamente, produzindo arroz com produtividade e qualidade. 

O sistema Santa Fé preconiza a integração das atividades de lavoura e pecuária no ambiente de plantio direto. Consiste no plantio simultâneo da cultura com a pastagem na estação normal de cultivo. Pouco tempo após a colheita da cultura, cuja renda provê grande parte do custo da operação, a pastagem estará apta a ser pastejada, em uma época em que a oferta de pasto no cerrado é muito escassa devido à seca. 

Esse sistema também pode ser usado de forma muito dinâmica nas propriedades envolvidas apenas com agricultura. Após o engorde do gado na estação seca, a pastagem remanescente atua como palhada para a inserção do próximo cultivo. 
 

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