Praga

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Da esquerda para direita: Carlos Dreyer, secretária Mônica Leal e o presidente do Irga, Maurício Fischer

I Planeta Arroz cometeu um erro de interpretação em entrevista com o entomologista José Francisco da Silva Martins, da Embrapa Clima Temperado, no encarte especial sobre o manejo integrado de pragas, que circulou na última edição. A afirmação correta é: “Sobre a necessidade do uso de agrotóxicos, entende-se que há quase uma obrigatoriedade tratando-se do controle de plantas daninhas, visto a situação de alta infestação da maioria das áreas orizícolas”. No texto publicado, erroneamente constou que o produtor não é obrigado a usar produtos químicos para o controle de plantas daninhas.

II Martins ainda explicou que a melhoria do MIP deve ocorrer visando tanto aumento de rentabilidade, segurança ambiental e segurança alimentar (esta última mais pela isenção de resíduos químicos). Enfatiza que o MIP, que tem muito a contribuir quanto ao aumento de rentabilidade, qualidade do produto (no que tange resíduos de agrotóxicos) e segurança ambiental, tem sido pouquíssimo praticado e até mesmo desconsiderado. Lembra, por fim, ser fundamental que procedimentos como monitoramento de pragas e de resíduos de agrotóxicos nos arrozais e/ou no ambiente ao entorno sejam vistos como fundamentais para que objetivos institucionais explícitos, como aumento de rentabilidade, qualidade do produto e de qualidade ambiental, possam ser realmente atingidos, tornando a exploração orizícola mais competitiva, frente a mercados atuais e em perspectiva.

Memorial
A Fundação Irga e a ONG Defender assinaram um acordo para a criação do Memorial Alberto Bins, que será instalado em um prédio sobre as ruínas da casa do líder arrozeiro gaúcho, que fica dentro da área da Estação Experimental do Arroz, em Cachoeirinha. A parceria foi firmada com apoio da Secretaria da Cultura do Rio Grande do Sul. O objetivo é transformar o local em um memorial de pesquisa do arroz. A secretária de Estado Mônica Leal destacou a importância de ações como esta: “Restaurar o patrimônio histórico é resgatar a memória do povo gaúcho”. O presidente da Defender, Carlos Dreyer, participou da cerimônia. O major Alberto Bins foi um dos primeiros agricultores a cultivar arroz em sistema de irrigação às margens do Rio Gravataí. Restaurada, a casa que abrigou o major no início do século 20 será aberta à visitação com espaço para biblioteca, salas de pesquisas, exposições e um terraço de frente para o rio.

Zoneamento
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou em agosto, no Diário Oficial da União, portarias definindo o zoneamento agrícola de risco climático para culturas de arroz (irrigado e de sequeiro) e algodão herbáceo nos estados do Rio Grande do Sul, São Paulo e Maranhão, na safra 2007/2008. Para o arroz irrigado foram indicados 491 dos 496 municípios gaúchos. Em São Paulo, a mesma cultura foi recomendada para 469 dos 645 municípios. No Maranhão, 216 dos 217 municípios foram considerados aptos ao plantio de arroz de sequeiro. O zoneamento tem grande importância também para a obtenção de custeio e seguro agrícola.

Tributação
O Governo gaúcho estuda uma forma de alterar o formato da cobrança de imposto sobre as compras e vendas de arroz feitas pelas indústrias gaúchas. Trata-se da transformação dos créditos presumidos, somados cada vez que são efetuadas compras do grão dentro do estado, em redução da base de cálculo do ICMS. Conforme explica o diretor da Receita Estadual, Júlio César Grazziotin, ao invés de tributar 12% sob uma base de 100, se calcularia 12% sobre 80 ou 90, por exemplo. O objetivo seria ajudar os engenhos a lutarem contra a guerra fiscal. O pleito das indústrias é por uma redução direta na alíquota de ICMS de 12% para 7%. Entretanto, Grazziotin descarta essa possibilidade.

AGENDA 
■ 26ª Festa do Arroz e 30º
Encontro de Produtores de
Arroz
Local:
Querência do Norte (PR)
Data: 7 a 10 de setembro

■ 1º Seminário sobre o Cultivo de Arroz
em Terras Altas e 1ª Reunião da
Comissão Técnica do Mato Grosso
(MT) e Rondônia (RO)
Local: Park Shopping, em Sorriso (MT)
Data: 13 e 14 de setembro de 2007

Arroz-vacina

I Cientistas japoneses conseguiram proteger ratinhos contra a cólera usando uma nova espécie de arroz obtido por meio da transgenia. O trabalho foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS). Os investigadores da Universidade de Tóquio tentaram criar uma vacina contra a cólera que pudesse ser veiculada por grãos de arroz, e os resultados são promissores. A cólera é uma infecção do intestino delgado causada pela bactéria Vibrio cholerae. Disseminada pela água e alimentos, produz uma toxina que atua ao nível da parede do intestino delgado provocando diarréia que, sem tratamento, pode matar em horas. O tratamento consiste numa reidratação maciça e na administração de antibióticos.

II Os cientistas introduziram no DNA de uma variedade de arroz um fragmento da toxina da cólera. Quando administraram oralmente o arroz transgênico, constataram uma produção de anticorpos anticólera pelos animais, não só no sangue, mas também nas mucosas, a primeira linha de defesa contra a doença, que permitiram uma imunização efetiva dos ratinhos contra a cólera. Ao contrário da atual vacina, que só se conserva 24 horas sem refrigeração, o arroz, armazenado à temperatura ambiente, continua fazendo efeito por um ano e meio.

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