Madura e inovadora

 Madura e inovadora

Aos 65 anos, a estação do Irga é referência nacional.

O mês de julho de 2004 marcou a passagem dos 65 anos de instalação da Estação Experimental do Arroz do Instituto Rio-grandense do Arroz (Irga) em Cachoeirinha (RS), região metropolitana de Porto Alegre. Situada à margem do Rio Gravataí, com área de 172 hectares, a EEA/Irga é uma das principais referências tecnológicas para a lavoura de arroz da América Latina e onde está significativa parte da tecnologia hoje empregada na orizicultura gaúcha. 

A criação do organismo de pesquisas aconteceu no dia 11 de janeiro de 1939, pelo Decreto Estadual número 7.692. Um ano antes da criação, o Sindicato dos Arrozeiros do Rio Grande do Sul, na condição de autarquia, havia contratado o engenheiro agrônomo de Cachoeira do Sul Bonifácio Carvalho Bernardes, com o objetivo de fundar e organizar a estação. Ele a coordenou até 1965 e hoje dá nome à sua via de acesso. 

O sucesso tecnológico da lavoura de arroz do Rio Grande do Sul pode ser creditado em muito às pesquisas desenvolvidas na Estação Experimental do Arroz. Desde a sua fundação, pesquisadores estiveram empenhados na busca de tecnologias, cultivares e meios que viabilizassem a competitividade da lavoura arrozeira gaúcha. Quando fundada a estação, o Rio Grande do Sul plantava uma área de 129 mil hectares, com produtividade média de 2,3 mil quilos/hectare e produção total de 300 mil toneladas. 

Na última safra, o Rio Grande do Sul plantou 1,042 milhão de hectares, obteve produtividade acima de 6,1 milhões de toneladas e produção de 6,3 mil quilos/hectare. Números como esses traduzem a importância de um centro de pesquisas de elite, diretamente relacionado e gerido pela lavoura arrozeira. A estação passou a fazer parte do Instituto Rio-grandense do Arroz com sua criação, em julho de 1940.

 

Arrozeiros vão importar insumos

Os produtores rurais do Rio Grande do Sul estão mobilizados para importar adubo e uréia, uma tentativa de aproveitar o melhor preço desses insumos no mercado exterior. A negociação está sendo liderada pelo presidente do Sindicato Rural de Tapes, Luiz Carlos Chemale, e deverá ganhar contornos reais ainda no mês de agosto. Segundo Chemale, o carregamento com 25 mil toneladas de uréia deverá vir da Ucrânia. A compra de fertilizantes está sendo negociada com fornecedores de Israel e também da Argentina. 

A importação para redução de preços é uma iniciativa semelhante ao projeto de exportação de arroz, que visa balizar os preços do cereal no mercado interno. Luiz Carlos Chemale lembra que importação direta de insumos pelos produtores já aconteceu em 1995, quando houve uma mobilização em busca de baixa nos preços. “Desta vez somos 350 produtores engajados nesse projeto. Estamos tentando colocar em prática e mantê-lo para garantir a equalização dos preços”, observa Chemale. A importação de uréia e adubo que está sendo proposta deverá reduzir os custos em aproximadamente 30%, ganho que deverá se refletir ao longo da cadeia produtiva.

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