Concorrente vai crescer
Centro-oeste, segundo a Embrapa, vai aumentar a área em 2000
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O Centro-oeste brasileiro poderá aumentar a área plantada com arroz de sequeiro para a safra 2000/2001, segundo as tendências verificadas pela Embrapa Arroz e Feijão de Goiás. O coordenador da área de pesquisa, Elcio Guimarães, explica que arroz de terras altas tem despertado atenção nos últimos anos devido ao crescimento da área plantada no Mato Grosso, que passou de 357.900 hectares na safra 1997/1998 para 751.400 hectares na safra 1998/1999.
No ano agrícola 1999/2000, devido aos baixos preços de comercialização, houve uma redução de 11% na área. Foram plantados 673.900 hectares de arroz de sequeiro no Mato Grosso. Para a próxima safra se repete o cenário de preços pouco estimulantes. Segundo Guimarães, no entanto, todas as fontes consultadas com respeito às intenções de plantio estão sinalizando que a área não vai diminuir e, pelo contrário, deverá aumentar um pouco. O percentual de aumento ainda não é estimado.
O arroz do Mato Grosso
A evolução
O crescimento da área plantada com arroz de sequeiro no Mato Grosso se deve ao programa de melhoramento de arroz do CNPAF, em parceria com as instituições de pesquisa estaduais, universidades e cooperativas. Foram lançadas 30 variedades de arroz de terras altas em seus 25 anos de trabalho.
Características
• Alta produtividade (principalmente na rotação com outras culturas)
• Maior resistência à brusone
• Longo fino
• Está sendo aperfeiçoado o manejo de herbicidas, buscando os produtos específicos para o arroz de terras altas.
• Os estudos de manejo da cultura estão enfatizando as áreas onde a disponibilidade de água de origem pluvial é suficiente para o bom desenvolvimento do cultivo (Rondônia, Mato Grosso, sul dos estados do Pará, Maranhão e Piauí e no norte de Tocantins).
Sequeiro entra na roda
Apesar de todos os avanços proporcionados pela pesquisa, por ser um cultivo de oportunidades e necessário para as rotações com soja e milho e para renovação de pastagens, o arroz de terras altas se caracteriza por não apresentar produtores exclusivos. Eles, em sua grande maioria, estão buscando bons investimentos agrícolas, ou seja, melhores relações custo/benefício. Essa característica faz com que o preço do produto e as oportunidades de mercado influenciem bastante no momento da decisão de plantio. Recentemente o Governo sinalizou que apoiará a cultura no que diz respeito à sua comercialização e buscará negociar com o Mercosul acordos que favoreçam o mercado nacional. Essas indicações, no entendimento do pesquisador da Embrapa, Elcio Guimarães, certamente serão consideradas no momento de decidir que área plantar com arroz.
