Apesar das medidas governamentais, preço do arroz continua baixo

Secretário da Agricultura recebeu comitiva da Federarroz para tratar do problema.

As medidas implementadas pelo Governo Federal, de intervenção no mercado de arroz, visando fomentar a elevação dos preços do produto, ainda não surtiram os efeitos esperados. Em função disso, uma comitiva da Federarroz, liderada pelo presidente Renato Rocha, esteve reunida novamente com o secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi, e com o presidente do Irga, Cláudio Pereira.

Eles fizeram uma breve análise das medidas efetivadas pelo Governo Federal, como a comercialização de um milhão de toneladas via leilões escalonados do Prêmio para Escoamento da Produção (PEP) e de 360 mil toneladas através da Aquisição do Governo Federal (AGF), além da prorrogação por 180 dias dos Empréstimos do Governo Federal (EGF) de safra passadas.

De acordo com o secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi, o mercado não reagiu e o preço médio praticado continua em torno de R$ 21,00 a saca de 50 quilos. O preço mínimo, estabelecido pelo Governo federal, é de R$ 25,80, enquanto estudos do Irga indicam que o custo médio por saca é de R$ 29,00.

O Secretário reafirmou o compromisso do Governo do Estado com a lavoura orizícola e citou algumas medidas tomadas pelo governador Tarso Genro para contribuir na diminuição das dificuldades do setor. Entre estas, destacou a prorrogação dos débitos referentes ao fornecimento de energia elétrica junto a CEEE, a redução da pauta do arroz de R$ 30,40 para R$ 24,80 e a reativação da Câmara Setorial do Arroz do Rio Grande do Sul com criação de Grupos de Trabalho que buscam encontrar medidas estruturais para a orizicultura.

“Infelizmente, temos estoques altos, uma grande produção nesta safra e a redução do consumo no mercado interno, ingredientes que somados a outras situações mantém os preços aviltados”, declarou Mainardi. Na opinião do Presidente do Irga, é necessário, além de buscar medidas emergenciais, continuar trabalhando na perspectiva de construir soluções estruturais para o arroz.

Mainardi e Pereira apresentarão, nos próximos dias, a realidade atual ao governador Tarso Genro, solicitando uma nova intermediação junto ao Governo federal. “A presidente Dilma Roussef já demonstrou sua sensibilidade para com a situação e estamos convencidos de que, dentro das possibilidades, teremos uma nova intervenção do Ministério da Agricultura nesta questão”, concluiu Mainardi.

3 Comentários

  • De sensibilidade nossos corações estão cheios…Sensibilidade com as dívidas, com os credores, com os bancos, etc…De soluções é que estamos carentes…Enquanto isso o arroz do Mercosul continua entrando as toneladas…Os especuladores e bancos ganhando fortunas com o dólar a R$ 1.66…E a indústria sorrindo e feliz a comprar a saca de arroz a R$ 20,00. Se o problema é excesso de produção e altos estoques não precisamos importar. Temos que estancar a hemorragia na origem…Mas não é isso que o Governo está fazendo…Não está tratando a situação com o devido cuidado que ela merece…Do outro lado a Argentina faz de tudo para que nossos sapatos e máquinas agrícolas não entrem naquele país, porque há excesso de oferta e esta prejudicando as empresas nacionais…E a nós produtores de arroz que proteção resta…Alongamento das dívidas e pagar mais juros aos Bancos, leilões e AGF que só beneficiam a indústria e aos grandes depositários, dar de graça mais de 50% da nossa safra…Sim meus amigos é isto que nos resta…As vezes me pergunto até quando vamos aguentar tudo isso pacientemente?

  • Sou produtor de arroz irrigado em Goias desde 1998, e analisando o mercado nacional e regional, percebo que temos informacoes seguras ao longo de nossa jornada para tomar decisoes sobre nossa area plantada e endividamento. Assim sendo, as vesperas de um ano ruim, podemos diminuir o plantio sabiamente e assim aumentaremos nossa produtividade, visto que numa area menor os cuidados com a lavoura serao maiores e faremos menos dividas. Portanto estaremos aptos a vender com paciencia nossa safra, esperando a industria, e jamais procurando-a para vender. Vamos em frente colegas, vamos viver um pouco mais a vida e deixar a ganancia de lado, plantem um pouco menos, cada qual fazendo sua parte, e assim com a oferta compassada mostraremos ao Brasil a nossa importancia.

  • O grande detalhe é que o preço não baixa é na gondola, se forem ver nos Supermercados, atacadistas, hipermercados… a grande hemorragia está neles que compram arroz barato e não repassam 0,01 centavo para os consumidores. ai fica dificil melhorar o consumo, fazer escoar a safra. sem contar que hj em dia ninguem mais faz estoque.
    Qual a solução???

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