Fepagro e Irga pesquisarão sistemas integrados de várzea
As duas instituições públicas de pesquisa e transferência de tecnologias, vinculadas à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa), têm um histórico de poucas ações conjuntas.
Representantes da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) e do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) estiveram reunidos nesta terça-feira (12), no Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF), em Eldorado do Sul. O encontro teve como objetivo
tratar do uso de uma área de 140 hectares, pertencentes ao IPVDF, para pesquisas com sistemas integrados de várzea.
Conforme avaliação das equipes técnicas será possível a melhoria da produtividade e diminuição dos custos de produção do arroz, com a validação de tecnologias já disponíveis nas duas instituições, em especial no Irga, como a alternância de áreas com o cultivo de soja e a implantação de forragens para fixação de nitrogênio. Essa área vem sendo cultivada
unicamente com arroz, por meio de um contrato com um agricultor.
As duas instituições públicas de pesquisa e transferência de tecnologias, vinculadas à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa), têm um histórico de poucas ações conjuntas. A iniciativa de aproximação das instituições, promovida pelo secretário Luiz Fernando Mainardi, favorecerá o diálogo constante e a complementação de ações,
especialmente na busca de alternativas sustentáveis aos ambientes de várzeas.
"O trabalho aproveitará a grande experiência do Irga e agregará novos pesquisadores e tecnologias desenvolvidas na Fundação", explica o diretor-presidente da Fepagro, Danilo Rhenheimer dos Santos.
As ações a serem implementadas envolvem a utilização de culturas de sequeiro em rotação com o arroz, com ênfase na cultura da soja, além de testes de milho e sorgo com genética da Fepagro; a implantação de coleção de variedades de arroz, desenvolvidas pelo Irga, como campo demonstrativo à comunidade orizícola da região; experimentos com produção de arroz
orgânico, numa área de dois hectares; além da introdução da cultura da soja como forma de controle do arroz vermelho e agregação de valor à várzea.
Segundo Santos, será feito um planejamento para atender as exigências ambientais, especialmente na manutenção das áreas de preservação permanente e obtenção da outorga de uso da água. O produtor de arroz se responsabilizará pelos cuidados das áreas experimentais.
Na mesma ocasião, foi tratada a efetivação de uma área experimental dentro da Fepagro de Uruguaiana, para pesquisa com sistemas de integração lavoura-pecuária, envolvendo cultivo de arroz e consorciado com pecuária de corte. O Instituto já mantém campo experimental no local.
Participaram do encontro o diretor do IPVDF, Mauricio Gauterio Dasso, o chefe de gabinete da Fundação, Alexander Cenci, além de diretores, pesquisadores e consultores do Irga, professores da Ufrgs e um produtor parceiro para o cultivo de arroz.