Consultoria define modelo de beneficiamento primário de arroz no Sergipe
Seis unidades de beneficiamento serão instaladas para dar suporte à armazenagem e comercialização por parte dos produtores.
A Codevasf, através da Superintendência Regional de Aracaju/Se, viabilizou a contratação de consultoria especializada em beneficiamento e mercado do arroz. Esta ação surgiu da solicitação dos rizicultores dos perímetros irrigados de Propriá, Cotinguiba/Pindoba e Betume, que após várias reuniões e seminários promovidos pela equipe de Assistência Técnica e Extensão Rural – ATER, com a participação dos irrigantes, de representantes da Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB, do Governo do Estado de Sergipe (SEAGRI), das prefeituras municipais e demais instituições parceiras, identificou que o principal “gargalo” para viabilizar a diversificação da comercialização da produção de arroz da região, principalmente via CONAB, é o seu processamento mínimo através de uma infraestrutura de apoio.
Em condições normais de exploração, a melhoria da renda dos rizicultores poderá ser alcançada com a redução do custo de produção, aumento da produtividade e área cultivada concomitante, e aumento do preço de venda do produto.
As duas primeiras condições podem ser mais ou menos controladas pelas próprias condições dos produtores, uma vez que dependem de sua capacidade técnica e gerencial para exploração, entretanto, a melhoria advinda com o suprimento dessas condicionantes poderá ser anulada com uma simples variação negativa do preço do produto, motivada por fatores externos (importação, concentração da colheita, etc.) que são praticamente incontroláveis ao nível da unidade de produção, principalmente numa região onde não se dispõe de uma infraestrutura eficaz de apoio à comercialização da produção.
Considerando as reais dificuldades para diversificação da exploração agrícola nas várzeas irrigáveis e a carência de recursos próprios para que os pequenos produtores possam interferir no processo de comercialização do arroz, ao ponto de atenuar a variabilidade dos preços por ocasião da safra, é fator preponderante a implantação de uma infraestrutura mínima de apoio a comercialização, compatível com a capacidade administrativa e a escala de produção dos perímetros irrigados, o que irá contribuir decisivamente para a organização da produção e a melhoria dos preços pagos ao produtor.
DEFINIÇÕES
Após várias visitas técnicas e reuniões com os produtores, o consultor Mario Sérgio Azeredo, definiu a forma mais adequada de se implantar uma infraestrutura de processamento mínimo de apoio a comercialização. Deverão ser construídas seis unidades descentralizadas, sendo três no perímetro irrigado de Betume, cada uma com capacidade de processamento máximo de 500 toneladas/mês e armazenagem de 750 toneladas/mês, duas no perímetro irrigado de Cotinguiba/Pindoba, cada uma com capacidade de processamento máximo de 300 toneladas/mês e armazenagem de 450 toneladas/mês e uma no perímetro irrigado de Propriá, com capacidade de processamento máximo de 300 toneladas/mês e armazenagem de 450 toneladas/mês, compostas de: sistemas de pré-limpeza e limpeza, secadores a gás e galpão de armazenagem.
O próximo passo é a deflagração do processo licitatório, o qual já se encontra em processo de confecção dos termos de referencia e das especificações técnicas.
Para o chefe da Unidade de Apoio a Produção da Codevasf, engenheiro agrônomo. Ricardo Martins, a implantação das unidades descentralizadas de processamento mínimo para apoio a produção nos perímetros irrigados de Propriá, Cotinguiba/Pindoba e Betume, contribuirá de forma significativa para normalizar a forma de comercialização do arroz na região. Entende que a estrutura proporcionará ao produtor maior flexibilização no momento de vender seu produto, já que o arroz após o processamento preconizado nas unidades descentralizadas estará limpo e com sua umidade dentro de padrões requeridos pela CONAB, permitindo sua armazenagem por mais de um ano. Portanto, o produtor terá como comercializar sua produção via CONAB ou da melhor forma que lhe convier, auferindo assim melhores preços e consequentemente melhorando sua renda familiar.
2 Comentários
conheço esta regiao estive la em 2006 percorendo lavouras.o que eu vi la eo absurdo,ja existe unidade de armazenagem gigantesca e esta tudo abandonado,quase tudo ja foi saqueado e agora estao querendo outra unidade. para que daqui alguns anos vai acontecer o mesmo.
Deve ser para armazenar cacau, côco e caju!