Colheita mal feita desperdiça até 50% da produção de arroz

 Colheita mal feita desperdiça até 50% da produção de arroz

Colher é uma operação que requer muitos cuidados técnicos

Um fator importante é o planejamento da plantação, que deve ser feito de acordo com a capacidade operacional das colheitadeiras da propriedade.

Alguns cuidados são imediatos no início da colheita e alguns começam a ser planejados desde a implantação da lavoura de arroz. No entanto, o principal deles é o ponto de colheita. Um arroz colhido muito tardiamente aumenta bastante a quantidade de grãos quebrados, o que diminui o valor comercial do produto. Já se ele é colhido muito antecipadamente, aumenta a quantidade de defeitos, o que também desvaloriza a produção. As quebras provocadas nos grãos, nesses casos, podem desperdiçar até 50% da lavoura.

Segundo Eduardo Eifert, pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão, outro fator importante é o planejamento da plantação, que deve ser feito de acordo com a capacidade operacional das colheitadeiras da propriedade.

O produtor deve fazer um escalonamento das cultivares e atentar ao ciclo delas para que, no momento da colheita, o arroz não acumule um ou mais quadros, excedendo a capacidade operacional das máquinas — diz o pesquisador.

De acordo com ele, os grãos devem ser colhidos entre 30 e 35 dias após seu florescimento, com 18% a 20% de umidade. No entanto, outro cuidado importante é a regulagem das máquinas, pois, no caso de uma regulagem inadequada, as perdas podem chegar a 12%.
Já se a colheita for feita muito antecipadamente ou tardiamente, as quebras provocadas podem representar até 50% de perda dos grãos inteiros — conta.

Para Eifert, o principal erro cometido pelos produtores é a falta de planejamento entre os quadros a serem colhidos e a capacidade operacional das máquinas. Outro erro importante é a falta de observação ao tempo de colheita.

Alguns defeitos do arroz devem ser previstos ou evitados ainda na época de manejo. No entanto, na pós-colheita, é necessário realizar uma pré-limpeza, a limpeza e a secagem do arroz — explica.

A secagem é importante para evitar o surgimento de fungos e insetos durante o armazenamento. Já na etapa de armazenagem, o produtor deve evitar ataques de roedores e outras pragas.

Ataques de insetos, por exemplo, ocorrem em função da umidade relativa do ar e da temperatura da massa de grãos. Então, para o controle de insetos, deve ser feito o controle dessas 3 variáveis. Para o combate a roedores e pássaros, existem armadilhas especiais e silos apropriados — afirma o pesquisador.

A secagem também exige o conhecimento prévio do agricultor. Se o grão for destinado à produção de sementes, a temperatura da massa de grãos não pode passar de 45°C, como orienta Eifert. Já se a produção é destinada à comercialização de grãos, essa temperatura pode chegar a 100°C, desde que não ocorra a perda de 2 pontos de umidades por hora.
Para mais informações, basta entrar em contato com a Embrapa Arroz e Feijão através do número (62) 3533-2110.

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