Mendes Ribeiro Filho tenta rever vetos na Argentina

O secretário não descartou a adoção de salvaguardas caso a negociação seja infrutífera.

O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, vai à Argentina na sexta-feira tentar reverter as medidas protecionistas adotadas desde fevereiro e que estão prejudicando as exportações brasileiras. Com a exigência de licença não automática e declaração jurada antecipada para cargas vindas do Brasil, os embarques de carne suína, por exemplo, registraram queda de 84,97% em volume embarcado (478 toneladas) e 84,16% em receita (1,51 milhão de dólares) no mês passado. E foi ao setor suinícola que o ministro prometeu, no início deste mês, antecipar a viagem agendada para abril. A missão também vai ao encontro da promessa feita pela presidente Dilma Rousseff na Festa da Uva de proteger a indústria nacional.

Segundo o secretário de Relações Institucionais do Agronegócio do Mapa, Célio Porto, o primeiro passo será buscar solução através do diálogo. "O governo argentino alega dificuldades cambiais. Vamos mostrar que a balança é extremamente favorável para eles." Porto já tem preparado levantamento para exemplificar: no ano passado, enquanto Brasil embarcou 748 milhões de dólares em produtos agrícolas e processados, a Argentina exportou 4,12 bilhões de dólares entre trigo, arroz, frutas, vinho e lácteos, entre outros. Considerando somente o trigo, entraram mais de 4 milhões de t, totalizando 1,5 bilhão de dólares. Os dados serão apresentados ao ministro da Agricultura argentino, Norberto Yauhar, em Buenos Aires. O secretário não descartou a adoção de salvaguardas caso a negociação seja infrutífera.

5 Comentários

  • …no ano passado, enquanto Brasil embarcou 748 milhões de dólares em produtos agrícolas e processados, a Argentina exportou 4,12 bilhões de dólares entre trigo, arroz, frutas, vinho e lácteos, entre outros… todos estes produtos que geram um deficit para o Brasil de mais de 3 bilhões de dolares na balança comercial de produtos do setor primário, e prejuído a milhares de produtores, estão contemplados na lei 10.925/04 que isentou de trinutos a importação deste produtos. Um dos principais articuladores desta lei foi o defensor dos produtores rural o DEPUTADO LUIZ CARLOS HEINZE.
    Quem não acredita basta dar uma olhada na lei de número 10.295/04 que está tudo lá, os produtos estão escrito por códigos, para ninguém ver, pura mutreta.

  • Enquanto compramos os produtos agrícolas dos hermanos, eles compram os nossos produtos industrializados, isso faz com que o produtor de arroz brasileiro se ferre… Até quando isso??? Nós arrozeiros servimos de estatística para que o governo mantenha sua balança comercial favorável com o Mercosul…É vergonhoso que políticos importantes de nosso país defendam essa prática predatória para a lavoura de arroz… Ou se eleva a TEC para 35% ou se tribute a entrada de arroz… Os hermanos podem proteger seu mercado, porque os brasileiros não podem? Porque temos tanto medo? Chega de sermos comandados pelos interesses deles… Mercosul a praga do arroz!!!

  • Flávio, isto é pq quem colocou a Dilma na Presidência foi a FIESP e são as industria q dão milhões para a campanhas desses deputados. Por isso q aquela ação contra União q o te mexe arrozeiro juntamente com as associações estavam organizando, juntamente para equilibrar, para a Uniao proteger todos os setor econômicos e nao sacrificar um em favor de outro.
    Agora o governo esta tomando atitude em relacao a entrada de produtos chineses no Brasil, estão elevando a cotacao do dólar. Mas o recado do ministro Mantega foi dado na audiência publica esta semana. A INFLAÇÃO É UMA QUESTÃO DE HONRA PARA O GOVERNO, ai da para tirar uma conclusão. Não tem explicação o Brasil importar arroz e trigo do Mercosul.
    Temos q achar um jeito de acabar com esse esquema.

  • os governantes deviam nao so se preocuparem com o preço dos produtos mais pensar em resolver outras questoes importandes como a esploraçao por parte de alguns. a agua tirada da lagoa mangueira nao deveria e nem pode ta nas maos de individualistas exploradores que cobram o que bem ajam dos pequenos agricultores se pertence oaus tres poderes porque eses nao passam a beneficiar a todos.

  • Sr Claudio, se o governo não se preocupar primeiramente com o preço do arroz e não tornar nossa cultura viável que que adianta resolver problemas secundários.
    Acredito que a lagoa mangueira deva ser fiscalizada e as licenças ambientais liberadas para os produtores conforme nas outras regiões, agora se o Sr. não possui um sistema de irrigação e tem que pagar para o vizinho é o mesmo problema dos sem terra, quem não tem terra tem arrendar ou pedir para o governo resolver, que se faça um sistema de irrigação com o dinheiro público e quem não tiver acesso a água aproveite o bem do governo, ninguém constrói canais de irrigação, monta estruturas com bombas e motores caríssimos com dinheiro do seu bolso para ceder ao vizinho o uso de graça, isso não existe em nenhum lugar do mundo, até o governo cobra a conta dágua que se bebe na cidade.

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