Argentina exportará menos arroz para o Brasil por acordo governamental

Brasil aceita cota de exportações de suínos em troca da redução nas remessas do arroz argentino.

O ministro da Agricultura do Brasil, Jorge Mendes Ribeiro Filho, confirmou ontem a cota de exportação de 3 mil toneladas de carne suína por mês ao mercado argentino. Para garantir a entrada desse volume de suínos, o ministro da Agricultura argentino, Norberto Yauhar, se comprometeu a reduzir as exportações de arroz para o Brasil.

“Eu bati o martelo que será uma cota de 3 mil a 3,5 mil toneladas de carne suína e que a Argentina vai baixar o volume de vendas anuais de arroz para o Brasil, que está interferindo no mercado interno e tornando impraticáveis os preços aos produtores de arroz nacionais", avisou. O Brasil importou 850 mil toneladas de arroz em 2011/12 dos quais cerca de 400 vieram da Argentina. A expectativa do setor é de que seja estabelecida uma cota não superior a 250 mil toneladas de importação anual. Na média dos últimos 10 anos, o Brasil importou anualmente 1 milhão de toneladas, preferencialmente do Uruguai, da Argentina e do Paraguai. Estes volumes ampliaram a oferta interna diante de um consumo estagnado e forçaram uma baixa dos preços aos arrozeiros nacionais, obrigando ao governo federal a realizar investimentos próximos de R$ 7 bilhões em renegociações, financiamentos e subsídios indiretos para bancar pelo menos o preço mínimo de garantia.

A Argentina exporta US$ 4 bilhões em produtos agrícolas para o Brasil anualmente, enquanto o Brasil exporta somente US$ 750 milhões de bens desse setor. “A vantagem argentina é bem significativa, e nós não queremos prejudicar esse comércio, mas regular esse fluxo”, afirmou o ministro. Ele considerou importante incluir o arroz no pacote negociado hoje, porque o volume de cereal argentino exportado anualmente é considerado excessivo. Além disso, deprime os preços e prejudica os produtores do Rio Grande do Sul (RS) e Santa Catarina (SC).

9 Comentários

  • Quem vai fiscalizar esta cota!?

  • E o Uruguai?

  • O Uruguai ficará de corredor, para o arroz produzido na Argentina…….

  • Sempre defendi a elevação da TEC para evitar o dumping… O governo quer cotizar a entrada de arroz da Argentina… Ficariam livres o arroz do Uruguai e do Paraguai (segundo dados do ano passado entrou mais arroz do Paraguai do que do Uruguai ano passado)… Acordos podem ser revistos a qualquer momento… Não sei, mas teremos que aguardar o impacto da notícia acima… Como bem mencionou o Sr. Pietro acima: – Quem vai fiscalizar essa cota? Quem vai acender a luz vermelha? Ainda acho que a elevação da TEC teria mais efeito prático, pois o dumping se tornaria impraticável com uma sobretaxa tão alta (35%)… Pelo menos o governo está buscando alternativas… Com a nova suba do dólar as importações iriam encarecer mesmo… Para o ano que vem é questão de ordem aumentar ou criar novas estruturas de depósitos e secagem próprias… Mais silos e secadores, menos tratores e colheitadeiras !!!

  • Essa notícia é bastante vaga e pra inglês e brasileiro ver. Falta do que fazer. Parece ridículo o estado querer interferir neste comércio. Nenhum país conseguirá controlar os volumes negociados, e não vai ser essas 150 mil ton barradas que vão resolver o problema. Dá pra rir. Tem que mexer na ferida, reforma tributária, trabalhista, custo Brasil, politicagem, propina, burocracia, somos escravos do Estado. Mudar todo contexto parece difícil, mexe com muitos interesses superiores aos nossos. A solução continua sendo a mesma: sermos mais eficientes do que já somos na nossa atividade e sobreviver na míngua, conformados com isso, ou então diversificar a nossa renda quando possível. Paralelamente vai se desenhando um novo quadro na rizicultura brasileira, o arroz de terras altas, que representa 30% da produção nacional, tende a desaparecer, basta ler a última revista Planeta Arroz. Essa fatia deve ser ocupada pelo arroz irrigado ou então o país aumentará a importação, ou ainda podemos até reduzir o consumo interno para equilibrar o balanço suprimento x consumo. Quem viver, verá.

  • Parece rídiculo Sr. João ALexandre o governo Brasileiro aceitar passivamente todos os vetos do MERCOSUL aos nossos produtos e não fazer nada, gostei muito da decisão, 250 mil ton é um bom número para se tirar do mercado, já é um começo.
    Precisamos sim de politica que nos permita concorrer com o resto do Mundo em questões tributárias pois pagamos os mais altos impostos do MUNDO.
    E o governo precisa urgentemente mexer no que é de vidro na nossa cadeia produtiva, aqueles que financiam as campanhas dos políticos ou seja o SETOR INDUSTRIAL DO ARROZ, aquele que esta sendo acusado de FORMAÇÃO DE CARTEL NA CPI DO ARROZ!!! Precisamos derrotar estes que querem monopolizar o sistema do arroz e explorar o produtor.

  • Caros colegas, não sei se os senhores estão acompanhando a CPI do ARROZ, na medida do possível eu estou como também cobrando atitudes dos paralamentares que dirigem a CIP. Assisti uma audiência ao vivo transmitida pela tv assembléia. Estavam ouvindo a ANVISA, foi no dia 05 de março. Para resumir, a representante da ANVISA afirma que eles não tem como fiscalizar e analizar o arroz que vem do exterior para o Brasil. Disse que a competência é do Ministèrio da Agricultura. Afirmou também que eles não têm gente e laborátórios para fiscalizar e analizar o arroz no Brasil. Disse que há algum tempo foram aos surpermercados e tiraram amostras para análise de qualidade e sanidade, onde encontraram 20% destas amostras com alto nível de produtos tóxicos prejuciais a saúde humana. Foi lhe perguntado se ela saberia dizer a origem das amostras do arroz com esta alto nível de contaminação, ela respondeu que não poderia afirmar se esse arroz era brasileiro ou importado. Disse ainda que o Ministério da Agricultura não envia amostras para a ANVISA analizar a sanidade do arroz que entra nos portos brasileiros. Mas que sabe que nestes portos não tem um número de funcionários para fazer esse trabalho de análise e retirada de amostras. enfim essa senhora disse que a ANVISA não tem competência para ir aos portos e retirar amostras de arroz importado, afirmação que contraria a Portaria 772/1998 da própria Anvisa. Sendo assim, temos que exigir que seja proibido a entrada de todo arroz vindo do exterior, pois enquanto o governo não tem como fiscalizar a sanidade e origem do arroz, está podo em risco a segurança alimentar do povo brasileiro. Temos que cobrar isso do relator da CPI…. que seja denunciado e enviado a declaração da representante da Anvisa para os Ministérios Públicos Estadual e Federal.

  • Semana passada forte operação da policia federal autuou vários arrozeiros receptores de produtos oriundos do uruguai para baixar custos,
    JÁ QUE NOSSA LUCRATIVIDADE INEXISTE.
    Argumentam que estes produtos…. herbicidas vindos do Uruguai são prejudiciais a nossa saúde.
    Gostaria que ESTES MESMOS ÓRGÃOS COMPETENTES SEJAM RIGOROSOS NA ENTRADA DO ARROZ ESTRANGEIRO PRODUZIDOS COM ESTES MESMOS PRODUTOS……………

    É RIDICULO PEGAR NO PÉ DOS POBRES ARROZEIROS QUE TENTAM BAIXAR SEUS CUSTOS PARA SOBREVIVER E FAZER VISTA GROSSA A INUMERAS INDUSTRIAS QUE DESPEJAM INUMERAS TONELADAS DE ARROZ PRODUZIDO COM ESTES PRODUTOS……. QUE TANTO GASTO É FEITO COM OPERAÇÕES SIGILOSAS !………………..arrecadados de nós produtores, brasileiros!……………………………..
    …………..desprotegidos e perseguidos por uma politica agricola INEXISTENTE, FALHA E OMISSA !
    BASTA DE FICARMOS CALADOS…………
    CORAGEM COLEGAS ENFRENTEM OS PROBLEMAS………..E DENUNCIEM !

  • Outras questões de muita relevância que TAMBÉM deve ter muita atenção é as condições desumanas, que muitos caminhoneiros enfrentam esperando até 4 dias em uma fila para descarregar suas cargas nas INDÚSTRIAS que pouco ou NADA INVESTEM PARA ESTE TRABALHADOR .
    Nestes 4 dias ficam comendo TERRA E PÓ,
    …………motivo POUCO INVESTIMENTO PARA AGILIZAR O DESCARREGAMENTO…………………..investe em espaço fisico para receber nosso produto…………..mas em agilidade e condições SALUTARES NADA………….VERSOS NADA…………….LAMENTÁVEL !!!
    Desta forma PAGAMOS UM FRETE AINDA MAIS CARO PREJUDICANDO ENORMEMENTE NOSSA ATIVIDADE.
    Também saliento as precárias condições de nossas estradas para escoação da safra que somente sofrem reparos MAL FEITOS no final de cada safra.

    Denunciem no ministério público………..ministério do trabalho………..NA CPI…..por favor NÃO NOS CALEMOS e nem SEJAMOS OMISSOS !!!

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