Colheita de arroz irrigado na reta final em SC

As estimativas do IBGE para a safra brasileira 2011/12 de arroz são de uma área plantada de 2,463 milhões de hectares e produção de 11,542 milhões de toneladas, apresentando um decréscimo de 10,7% na área e de 14,2% na produção.

Prossegue por mais duas semanas aproximadamente, nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul a colheita da safra 2011/12. Os dois estados são responsáveis por cerca de 74% da safra nacional do cereal, sendo que mais de 95% da produção é de arroz irrigado.
Nesta safra, por causa dos preços pouco estimulantes, principalmente no primeiro semestre de 2011, a área plantada caiu na maioria dos estados produtores, resultando numa produção menor. No Rio Grande do Sul, maior produtor, responsável por cerca de 65% da produção nacional, a área decresceu 11,1% e a produção 16,4%. Em Santa Catarina, segundo maior produtor brasileiro, com 9%, a área caiu apenas 0,5%, enquanto a produção subiu 4,1%, em relação à safra passada.

Nas últimas semanas, embora alguns municípios da região Sul Catarinense tenham decretado situação de emergência em função da falta de chuva, que vem assolando principalmente as regiões do Oeste Catarinense desde o início de janeiro, as lavouras de arroz não foram afetadas pelo fenômeno por se encontrarem em estágio final de maturação e porque muitas delas já haviam sido colhidas.

As estimativas do IBGE para a safra brasileira 2011/12 de arroz são de uma área plantada de 2,463 milhões de hectares e produção de 11,542 milhões de toneladas, apresentando um decréscimo de 10,7% na área e de 14,2% na produção.

A safra catarinense é estimada em 150,4 mil hectares, produção de 1,020 milhão de toneladas e rendimento médio de 6.785 quilos por hectare.

“A colheita da safra prossegue em ritmo bastante acelerado, alcançando cerca de 95% da área a ser colhida”, informa o economista da Epagri/Cepa, Luiz Marcelino, revelando que o rendimento médio poderá ultrapassar as estimativas iniciais, mesmo computando as perdas totais de 1.150 hectares nas lavouras de Nova Veneza e de 50 hectares de Forquilhinha devido a ocorrência de granizo.

Segundo Marcelino, a comercialização da produção segue dentro do programado para os principais centros consumidores do País. O aumento da oferta estadual tem mantido os preços ao produtor atualmente oscilando entre R$ 25,00/sc nas regiões do Alto Vale do Itajaí e Litoral Norte Catarinense e R$ 26,50/ sc na região Sul Catarinense.

A expectativa dos principais agentes do setor é de manutenção das medidas governamentais de apoio à comercialização da produção do arroz, como a Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), Contrato de Opção de Venda, Prêmio para Escoamento de Produtos (PEP) e Prêmio de Equalização Pago ao Produtor (Pepro). Por meio desses mecanismos, o governo espera corrigir as distorções de preços ao produtor e garantir maior competitividade no mercado.

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